A destruição de arquivos da época da ditadura militar na Base Aérea de Salvador voltou á tona na Tribuna Popular da Câmara Municipal, nesta segunda-feira (21). O coronel Narcélio Ramos Ribeiro considerou "um teatro de péssima qualidade" as denúncias feitas pelo programa Fantástico, da Rede Globo, em 12 de dezembro de 200
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  Segundo o coronel, foi uma farsa para macular a imagem da Base Aérea de Salvador.

    
    De acordo com Narcélio, a Polícia Federal, através de perícia técnica, já provou que as acusações não passavam de suposições. "Vi minha família chorar. Tive que dar explicações a todo tempo" declarou o ex-comandante e agora Coronel que fez questão de defender a liberdade de imprensa. "O meu discurso não deve ser usado pelos adeptos dos regimes autocratas", ressaltou.

    
   Os vereadores que discursaram no Pinga-Fogo prestaram solidariedade ao que foi falado pelo Coronel. Tia Eron Vasconcelos (DEM), por exemplo, enfatizou a necessidade de se fazer justiça. "Foi enorme a arbitrariedade que fez com que fosse divulgada essa notícia na cidade e no Brasil. É de grande importância essa resposta na Tribuna Popular desta Casa Legislativa", declarou.

     
   Moisés Rocha (PT) seguiu a mesma linha de raciocínio de Tia Eron. A veiculação de suposições, na opinião do petista, dificultou a vida pessoal e profissional do ex-comandante. "Atrapalhou bastante a carreira do ex-coronel e ainda mexeu com sua estrutura familiar. Foi um absurdo usar o horário nobre para falar de suposições e inverdades", comentou. (Marivaldo Filho)