O ex-prefeito de Salvador e atual presidente regional do PSDB, Antonio Imbassahy, afirmou ao BJá sobre as declarações do governador, o qual, citou nominalmente a infidelidade do PSDB que lhe prometeu o apoio à reeleição em 2010 durante a convenção partidária de Salvador, em 2008, que o governador, "com a experiência política que tem sabe da impossibilidade do PSDB em apoiar o projeto petista no ano que vem".

  Segundo Imbassahy, o PSDB tem um forte candidato a presidente da República e na Bahia o partido fez uma aliança com os democratas reproduzindo o entendimento nacional. "Portanto, é lamentável assistir o governador do Estado baixar o nível do debate, pois, sua responsabilidade primeira é a administração pública e não a política partidária". 

  Para Imbassahy, o governador precisa, "isto sim, privilegiar a administração pública e não privilegiar a política", o que compromete ainda mais a sua gestão.

  RESPOSTA DO DEM

  O ex-governador Paulo Souto não quis comentar as declarações de Wagner. Segundo sua assessoria trata-se de um repeteco, entendendo que, toda vez que o governador se sente acuado, como é o caso da crescente onda de violência, faz algum apelo de natureza política destratando os seus adversários, como foi o caso da comparação que fez com birutas de Aeroporto.

  Já deputado Paulo Azi (DEM) declarou ao BJá que o governador Jacques Wagner deveria se submeter ao teste do bafômetro antes de cada solenidade. "Quem sabe assim ele deixe de dar declarações tão despropositadas como as de hoje, na posse de um novo secretário", afirmou.

  Para o deputado, toda vez que explode uma crise num setor importante para a vida dos baianos, o governador perde o controle e passa a atirar para todos os lados. "Se para dirigir um automóvel o motorista precisa mostrar que está sóbrio, imagine para dirigir um estado como a Bahia", disse Azi.