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Deputados discutem em pé no plenário ALBA com nanobra lider para derrubar sessão. Conseguiu.
Foto: BJÁ
Com galeria e parte do saguão da Assembleia ocupados por concursados da Policia Civil reivindicando a contratação pelo governo do Estado, e diante da leitura de um manifesto da categoria pelo deputado Carlos Gaban, DEM, o líder do governo, deputado Waldenor Pereira, PT, entendendo que os policiais não querem o diálogo e sim o confronto, pediu verificação de quórum da sessão e esta caiu. Dos 32 deputados presentes, apenas 18 confirmaram seus nomes no painel.
Waldenor destaca que tem negociado com a categoria dos policiais civis, o governo já contratou mais de 150 deles, busca alternativas para os delegados concursados, daí não admitir que protestos sejam feitos quando há uma negociação em curso. Para o deputado Carlos Gaban (DEM), o líder do governo se utilizou de uma manobra para derrubar a sessão porque não tem conseguido atender as reivindicações dos policiais.
Segundo Gaban, o governo só contratou até agora pouco mais de 100 agentes e ainda restam 912. Waldenor retrucou dizendo que o concurso foi realizado em 1997, no governo do PFL, e os gestores da época não nomearam sequer 1 policial "e agora vêm com essa veemência e um discurso contraditório, na medida em que a Oposição exige rigor fiscal do Estado, e defende contratações de 1.000 policiais de uma vez só".
Segundo o coordenador do Movimento Nomeação Já, Marco Antônio Deiró, os policiais vão acampar no saguão da Assembleia e só sairão quando o assunto for resolvido. O presidente Marcelo Nilo, no plenário, disse que os policiais podem dormir e acampar na ALBA, mas, devem respeitar e preservar o patrimônio público.
ARGUMENTO REGIMENTAL
O argumento regimental utilizado pelo líder do governo para derrubar a sessão foi de que, o plenário da Casa não pode discutir assuntos dessa natureza (protestos de policiais querendo nomeações) sem que as comissões temáticas estejam instaladas.
Até esta segunda-feira, somente 4 das 10 comissões técnicas tinham sido instaladas , todas da cota do governo: as de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público, presidida pelo deputado Fábio Santana (PRP), e a de Constituição e Justiça, sob a presidência de Zé Neto (PT).
Foram também instaladas a de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, presidida por Ivo de Assis (PR), de uma das bancadas independentes, e a dos Direitos de Mulher, tendo à frente Neusa Cadore (PT).
Faltam ser instaladas ainda as Comissões de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle (PP), Direitos Humanos e Segurança Pública (PCdoB), Saúde e Saneamento (PSL), Defesa do Consumidor e Relações do Trabalho (DEM), Agricultura e Política Rural (PMDB), e Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos (DEM).