Política

WAGNER DEFENDE FUNDO SOCIAL SOBRE PRÉ-SAL COM ROYALTIES PARA TODOS

Vide
| 31/08/2009 às 19:14
Wagner: "Reserva a 300 km da costa pertence a todo povo brasileiro"
Foto: Manu Dias

Entre os quatro projetos sobre a exploração do pré-sal que o governo Federal vai enviar ao Congresso Nacional, um em especial conta com a simpatia do governador Jaques Wagner, que prometeu trabalhar intensamente pela a sua aprovação: o que trata da criação de um Fundo Social com os recursos oriundos da exploração daquela riqueza.


Nos contatos que manteve com governadores de outros estados durante todo o dia de hoje (31), em Brasília, quando participou do lançamento do marco regulatório do pré-sal, ele defendeu a sua criação, pois terá quatro objetivos nobres: incentivar a educação, combater a pobreza, contribuir para a sustentabilidade ambiental e para a ciência e tecnologia.


Wagner enfatizou que o projeto trará, por exemplo, enormes benefícios à Bahia, uma vez que o estado não recebe royalties da exploração do pré-sal.

LANÇAMENTO

O governador Jaques Wagner participou do lançamento do marco regulatório do pré-sal, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília. O governo vai encaminhar quatro projetos de lei ao Congresso Nacional, definindo como se dará a exploração da camada pré-sal e a divisão da riqueza produzida pela gigantesca reserva.


As articulações para aprovação já começaram e o governador baiano, que apóia desde o primeiro momento a tese de Lula sobre o assunto, está se mobilizando para angariar apoio às propostas do governo. Ele aproveitou o evento, por exemplo, para conversar com os governadores no sentido de que busquem mobilizar suas bancadas pela aprovação dos quatro projetos que o governo está mandando para o Congresso.


Em sua campanha em favor de Lula, Wagner almoçou com os governadores Welington Dias, do Piauí, e Marcelo Deda, de Sergipe. Fez outros contatos e ainda vai conversar com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que, assim como José Serra, de São Paulo, e Paulo Hartung, do Espírito Santo, resiste à proposta de partilha da riqueza do pré-sal entre todos os estados.


"Não faz sentido falar em pagamento de royalties de exploração de uma reserva que está a 300 quilômetros da costa e, portanto, não pertence a um ou outro estado e sim ao povo brasileiro", enfatizou. Para ele, pagamento de royalties só cabe se for para reparar algum dano ambiental ou cobrir investimentos em ações de caráter preventivo a riscos potenciais da exploração, o que não é o caso.


Depois da solenidade, os ministros da Energia, Edson Lobão, e da Casa Civil, Dilma Roussef, deram uma coletiva a imprensa e Wagner foi chamado pelo presidente Lula para uma sala reservada, na qual já estavam alguns ministros e governadores.