Política

CARTÃO VERMELHO DADO POR SUPLICY A SARNEY ENTRA PRA FOLCLORE DA CASA

Vide
| 26/08/2009 às 14:17
Cartão vermelho de Suplicy a Sarney, à moda Varela, vira piada no Senado
Foto: G1
A ideia do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) de apresentar, nesta terça-feira, um cartão vermelho como forma de pedir a renúncia do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) já deu o que falar no Congresso Nacional e virou motivo de brincadeira entre os senadores.


Nesta quarta-feira, enquanto os senadores debatiam na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) as mudanças que o Senado deverá fazer na proposta de reforma eleitoral, Suplicy pediu a palavra para comentar o assunto e acabou se prolongando em sua fala.

Os colegas então pediram mais rapidez e o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disparou:

"Senador Suplicy, acelere a sua fala, senão teremos que dar cartão vermelho para o senhor nesta comissão", brincou provocando risos na platéia.

CONSELHO DE ÉTICA

Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou nesta quarta-feira (26) a análise do projeto de resolução do senador Tião Viana (PT-AC) que revoga o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O projeto pode ser analisado na próxima sessão da comissão, marcada para a terça-feira que vem (1).


Mas o relator da proposta, senador Antonio Carlos Junior (DEM-BA), já apresentou parecer defendendo a rejeição do pedido. "A extinção pura e simples do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, ao invés de clarificar, aos olhos da opinião pública, a dimensão política dos processos de sua competência, poderia produzir mais incertezas e incompreensões", disse.


Na semana passada, o conselho votou pelo arquivamento de 11 ações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Em sinal de protesto, a bancada do PSDB e a do DEM no Senado decidiram nesta terça-feira (25) deixar o Conselho de Ética do Senado. Os partidos têm cinco das quinze vagas no colegiado.  DEM e PSDB querem trabalhar agora por uma reformulação do colegiado. Os senadores ACM Júnior e Marisa Serrano (PSDB-MS) vão coordenar as discussões nesta direção, e dificilmente a extinção do conselho será aprovada.