Neste domingo
João vai a Santo Antonio de Jesus e Geddel reafirma laços de amizade e política com prefeito
Foto: BJÁ
No 11º Encontro Regional do PMDB realizado neste domingo, 23, em Santo Antônio de Jesus, o ministro Geddel Vieira Lima, o líder do PMDB na Assembleia, o deputado Arthur Maia, os ex-secretários Rafael Amoedo e Batista Neves e prefeitos do PMDB "bateram" firme no governador Jaques Wagner, com fortes críticas ao seu governo e sua atuação política. Só quem poupou o governador foi João Henrique, o qual, fez um discurso "light" e não entrou nesse mérito, sequer citando o governador.
O ministro Geddel, depois de reafirmar sua amizade pessoal e relações políticas com o prefeito, perguntou a platéia que lotava o "Clube dos 1000" se os presentes saiam de casa tranquilos, porque uma onda de violência tomou conta da Bahia devido a "inapetência e incompetência" de gastar os recursos públicos com equipamentos de segurança e formação de pessoal.
Em seguida, citou que, em 2002 ocorriam 500 homícidios/ano na Bahia; e agora, em 2008, o número para passou de 1.400. "Um governo constrangido com o movimento Polícia Legal consegue trazer numa noite 3.600 coletes. E porque não fizeram isso em 3 anos? Por incompetência de gastar o dinheiro. E quem diz isso? É o TCe, a Unifacs, a UFBA que em relatório mostra R$139 milhões empenhados para atividades fins da PM e foram gastos, apenas, R$81 milhões. Em 2008, dos R$125 milhões foram gastos R$42 milhões e o próprio relatório diz que isso é incompetência administrativa".
Situou ainda que no turismo a queda é absurda em relação, por exemplo, a Pernambuco, e que o Centro de Convenções, antes um orgulho para a Bahia, hoje serve para "aprisionar secretário de Estado durante uma hora no seu elevador". E perguntou: "É essa a Bahia que nós queremos? É essa a Bahia que desejamos para nossos filhos? Não, não é isso que desejamos".
Geddel comentou também que o governo Wagner não tem uma política de atrações de investimentos definida e vai perdendo esperanças e espaços, sendo que projetos anunciados a Toyota e com a Venezuela viraram factóides. "Sou homem de construir. Mas, sabem o que está anunciado para vocês? Uma ponte fictícia entre Salvador e Itaparica".
Falando diretamente aos prefeitos disse que não é justo que sejam pressionados e ainda paguem combustível para a Polícia e outros investimentos que são deveres do Estado, e criticou Wagner que anda pelo interior inaugurando obras de pequenissima dimensão. "As obras importantes que tem na Bahia são aqueles que chegaram por determinação dessa grande brasileiro que é o presidente Lula. Que obra, que grande obra os 'grandes democratas' apresentaram até agora nada".
SOBRE SUA RELAÇÃO
COM O PREFEITO JOÃO
- Dizem que o político esperto não passa recibo de assuntos que podem se colocar contra ele. Não sou um político esperto. Sou um político que procura falar sempre com a voz do coração e da alma.
- Esta semana dominou o noticiário, tomou conta das bases do PMDB através da imprensa que eu e o prefeito João Henrique tivemos no domingo à noite uma discussão seríssima que nos afastava, que nos colocava em campos opostos.
- E de onde partem essas notícias, essa fofocas, são daqueles que se dizem democratas, que dizem que compreendem o jogo da democracia. Será que eles imaginam que eu e João somos uma mesma pessoa, certamente não. Temos diferenças de postura, de visão, de comportamento, de temperamento. E por seremos diferentes é que estamos juntos.
Com João Henrique construir e tenho uma amizade sólida e antes de mim construida por nossos pais relação de amizade com João Durval e Afrísio Vieira Lima. Claro que temos divergências. E como resolver essa questão: debatendo, dialogando, conversando, buscando o caminho comum pois é assim que tem que se posicionar aqueles que não pregam, mas, praticam a democracia. Quero reafirmar meus laços de amizade com o prefeito.
Muitos não acreditavam nele, mas, hoje, descobrem no fundo de suas gavetas o número do seu telefone, inclusive aqueles que em determinado momento não queriam sair com você às ruas, optaram pelo caminho da vilania, da punhalada para atender seus interesses individuais, contra o amor que Salvador tem por João e que foi demonstrado com apoio do PMDB e nosso apoio pessoal.