Política

DEPUTADOS REBATEM CRÍTICAS DE INGRATIDÃO E QUEREM PROJETAR FUTURO

Vide
| 23/08/2009 às 20:00
O deputado Arthur Maia foi o mais forte crítico ao governador Wagner
Foto: BJÁ
  Os discursos mais fortes no 11º Encontro Regional do PMDB (além do de Geddel), em Santo Antonio de Jesus, neste domingo, 23, ficaram por conta dos políticos. Como os deputados federais Colbert Martins Filho e Marcelinho Guimarães abriram mão das falas devido ao adiantado da hora, couberam a Arthur Maia e ao líder do PMDB, na ALBA, Leur Lomanto Jr, criticarem abertamente o governador Wagner e o seu governo.

  Arthur, mais incisivo do que Leur, classificou o governo Wagner "um dos piores que a Bahia já teve" e considerou descabidas as críticas feitas pelo chefe do Executivo ao PMDB durante a posse dos novos secretários, na última quinta-feira, considerando que "traidor é ele (Wagner) porque traiu o povo baiano".

  No entendimento de Maia, o governador não conhece o Estado, que recebeu a administração arrumada (de Paulo Souto), que o PMDB ajudou a aprovar todos os projetos na Assembleia, mas, de nada adianta, "porque o governo não tem diretriz administrativa e só sabe fazer política, na manutenção do poder pelo poder, sempre beneficando aos seus (petistas)".

  O deputado considera que a saída do PMDB do governo se deu num processo inverso ao costumeiro da política baiana, "de anti-adesão ao fisiologismo", e isso mostra o despreendimento do PMDB de vir à planície para fazer o que chama de "bom combate".

  FALA DO LÍDER

  Já o líder do PMDB na Assembleia, Leur Lomanto Jr, outrora sempre moderado, fez uma retrospectiva do apoio a Wagner "quando ele tinha 3% nas pesquisas" e revelou, em breve histórico, que todas às vezes que o PMDB tentou emplacar alguma posição no governo (presidência da ALBA, conselheiro do TCE) foi vetado pelo governador.

  E que o governador foi ingrato com o PMDB ao colocar um candidato para disputar com João Henrique, em 2008, e um outro para se opor a eleição na presidência da UPB, vencida pelo prefeito de Bom Jesus da Lapa, Roberto Maia.

  - Então pergunto: quem é o ingrato?

  Por fim, o líder disse que queria falar de esperança "e essa nova esperança para a Bahia é Geddel" e cunhou a seguinte expressão: - A Bahia está cansada do passado (se supõe o carlismo/Souto), não está satisfeita com o presente (Wagner) e pensa e vai projetar seu futuro (com Geddel)".