Para o presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, a crise do Senado preconiza a necessidade de se fazer a reforma política, colocando em discussão a sua condição de colegiado revisor e a titularidade do mandato para os eleitos.
"A crise do senado é política, de legitimidade e de representatividade. As questões de natureza ética perduram há anos, como a forte repercussão da violação do seu painel de votação, além de a Casa conviver com um contrasenso de dar assento a um número elevado de suplentes que nunca receberam um voto", afirmou o dirigente.
Ele acredita que a sociedade tem a grande oportunidade de mudar o perfil do Senado em 2010: "Na próxima eleição, a Casa pode ter uma renovação de dois terços, o Senado tem que ser passado a limpo".
Jonas Paulo defende ainda a unicameralidade, sem prejuízo à exitência do Senado, por isso vê a crise como um problema crônico da Casa legislativa e não de um de seus membros. "O que a oposição tenta, ao transformar a crise como nacional e de governo, é desfocar o óbvio: que a afirmação de princípios éticos na política passa necessariamente pela revisão do Senado e não apenas pelo julgamento de um ou outro integrante da Casa", afirmou o petista.