A oposição na Assembleia Legislativa utilizou o plenário hoje (18) para criticar o fisiologismo do governo Jaques Wagner (PT) no preenchimentos dos cargos que ficaram vagos com a saída do PMDB da base aliada de Jaques Wagner (PT).
Subiram à tribuna os deputados Paulo Azi (DEM), Heraldo Rocha (DEM), João Carlos Bacelar (PTN) e Carlos Gaban (DEM). Todos afirmaram que o governo está mais preocupado com a reeleição de Wagner do que em escolher quadros qualificados para a ocupação dos cargos.
"O governo chegou ao cúmulo de pedir a um presidente de um partido, no caso o PDT, para assumir uma secretaria. E pior: ameaça o mesmo presidente, afirmando que vai intervir no partido, por meios federais, para conseguir o que quer", disse Gaban. O democrata afirmou que se o governador fosse um estadista preocupado com a gestão do estado aproveitaria a saída do PMDB para fazer uma reforma administrativa com base em critérios técnicos.
"Ninguém é inocente a ponto de achar que o governador não deve aceitar as indicações e pressões dos partidos de sua base. Mas que faça isso levando em conta também os critérios técnicos. Que aceite as indicações de velhos e novos aliados, mas que incorpore ao governo os melhores que possam ser indicados", salientou Gaban. "Ao invés disso, o que estamos vendo é o governo leiloar cargos", acrescentou. Para o democrata, falta visão administrativa ao governo Wagner.
Paulo Azi afirmou que "nunca na história desse estado se viu um governo tão loteado politicamente". "Aliás, essa é a única coisa transparente nesse governo: o leilão dos cargos, que é escancarado, sem vergonha mesmo".
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