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Deputados Paulo Câmara, PTB, e Zé Neto, PT, com teses diferentes sobre Geddel
Foto: BJÁ
O pronunciamento do depuatdo Arthur Maia (PMDB) acabou gerando uma polêmia na base aliada do governo. O deputado Zé Neto (PT) admitiu ao BJá e também em pronunciamento no plenário da ALBA a defesa de dois palanques para a ministra Dilma Rousseff na Bahia, um do PT; outro do PMDB. "O ministro Geddel é baiano, faz parte do projeto que mudou o Brasil e está mudando a Bahia, daí que não vejo problema nos dois palanques", confessou.
Para o deputado Paulo Câmera, PTB, e da base Wagner, essa atitude de Zé Neto não me convence e gostaria até que me explicasse como pode acontecer a defesa de um projeto nacional com Lula, Dilma e Wagner e esse mesmo projeto com Geddel. "É inconcebível. A Bahia tem duas forças políticas em confronto e uma 'surgente' e, portanto nosso enfrentamento está claro e não é com o 'surgente' - sitou Câmera.
Posto os dois tete-à-tete pelo BJá, cada qual defendeu sua tese:
TESE DE ZÉ NETO
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- Wagner foi eleito para mudar a Bahia e está mudando. Geddel é ministro de Lula, o governador apoiou o seu nome, e ele participou desse processo de mudança. Há uma corrente tradicional (DEM, Paulo Souto) e é esta que não queremos de volta. Daí que um palanque duplo para Dilma não teria problema. Pelo contrário, seria bom para o governador.
(Em síntese: Zé Neto repudia com todas as forças o DEM e seus seguidores (PSDB e outros) por considerar um retrocesso para o país e para a Bahia, caso reassumam o poder. E que Geddel, com Lula e Dilma, deve apoiar (por coerência) o governador Wagner no segundo turno).
TESE DE CÂMERA
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- Existem duas forças políticas na Bahia que deverão disputar as eleições. Uma é o governador, candidato natural e líder nas pesquisas. A segunda é o ex-governador Paulo Souto, na oposição. Todas pesquisas que vejo no interior esse é o quadro, com Wagner na frente 5 a 10 pontos de Souto. E há uma terceira via, a 'surgente' (Geddel) que na minha opinião não é competitiva. Daí que o palanque de Lula e Dilma tem que ser de Wagner e não para o 'surgente".
(Em síntese: Câmera entende que o palanque de Lula/Dilma só pode ser ocupado por Dilma. Geddel (surgente) que vá procurar um outro palanque nacional e um discurso de campanha, não podendo acender uma vela a Lula/Dilma e apagar a vela de Wagner).