O deputado Arthur Maia (PMDB) afirmou em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa nesta tarde de quarta-feira, 12, que seu partido resolveu adotar uma atitude contrária ao normal da política baiana, "da prática do adesismo" e partiu para uma candidatura própria a governador, em 2010, mas, admitiu que a sepração com o governador Jaques Wagner não é irreversível e pode haver uma re-aliança no 2º turno do pleito.

  Usando palavras do líder do PT, Paulo Rangel, o qual, ontem, expressou sua opinião sobre o rompimento PT x PMDB, Maia comentou o seguinte: "Como colocou o deputado Rangel não existe rompimento no sentido do divórcio litigioso". Ou seja, existe na visão do deputado, um afastamento que poderá ser reagrupado no segundo turno, na ótica de Maia, de um apoio de Wagner a Geddel.

  Arthur Maia fez uma retrospectiva de atuação do partido na campanha majoritária de 2006 destacando que o PMDB contribuiu "de maneira fundamental" para a eleição de Wagner, indicou o vice-governador, e foi chamado para compor a equipe de governo. Mas, por razões de natureza administrativa e política decidiu se afastar entregando os cargos e dizendo não ao fisiologismo.

  Segundo Arthur, a partir dessa decisão o PMDB tem, agora, liberdade para sugerir uma nova proposta para a Bahia, em 2010, sob o comando do ministro Geddel Vieira Lima. "O PMDB resolveu fazer o caminho inverso ao fisiologismo, com bastante antecedência das eleições, diferente do que o PT fez com a administração do prefeito João Henrique, em Salvador".

DOIS PALANQUES

Na concepção do deputado Arthur Maia, a Bahia terá dois palanques para a ministra Dilma Rousseff, pois, o presidente Lula tem sido generoso com o ministro Geddel, considerado um dos seus quadros mais qualificados. "No plano nacional a relação PMDB com o PT está preservada e apoiamos a candidata do presidente Lula, a não ser que ele diga que não deseja o nosso apoio", frisou.

  Para Arthur, o governo Wagner pode até melhorar e ter a possibilidade de se recuperar. No entanto, o deputado fez críticas a projetos importantes para o Estado, os quais, na sua visão, ainda não sairam do papel, como Porto Sul e a Ferrovia Leste-Oeste.