O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, deputado João Carlos Bacelar (PTN) lamentou hoje a omissão do governo do Estado em não negociar com os Policiais Militares que deflagraram uma operação especial que irá reduzir bastante o efetivo nas ruas.

"A Comissão de Segurança, assim como a bancada de Oposição, tem ouvido as reivindicações da Polícia Militar, e levado o problema ao Estado que, assim como fez com outras categorias, simplesmente ignora o assunto, levando os servidores do Estado a tomarem atitudes mais duras. Hoje, essa manifestação dos PMs é reflexo do silêncio, da falta de diálogo do Estado com as diversas categorias de servidores públicos", lamentou Bacelar.

"A Oposição tem chamado atenção deste e de outros problemas que o Estado precisa enfrentar até para dar uma resposta a  sociedade que,m no final é quem vai sofrer com a redução do policiamento nas ruas com a Operação Padrão que a PM está deflagrando a partir de agora. Fizemos nossa parte, na tentativa de intermediar essas negociações e as manifestações não estão acontecendo a mais tempo porque estamos há meses tentando sensibilizar a categoria no sentido de buscar o caminho da negociação. Mas eles atingiram o limite da paciência ante a insensibilidade do governo Wagner.

DIÁLOGO

Estamos solidários aos policiais, e nos colocamos à disposição para intermediarmos o diálogo com o governo. O que não pode é a sociedade permanecer desprotegida pela incapacidade do Estado em dar segurança pública ao cidadão", disse Bacelar.

Hoje de manhã, após assembléia da categoria, a Polícia Militar deflagrou o movimento Polícia Legal, com a Lei, pela Lei e dentro da Lei, onde os policiais militares, a parte da troca do plantão de hoje, às 19h, só irão para as ruas com todos os equipamentos de segurança exigidos pela legislação.
 
Segundo o movimento, as viaturas terão que ter extintor de incêndio cheio e dentro do prazo de validade; os pneus não poderão estar careca, os cintos de segurança deverão estar em condições de uso, o que já eliminará boa parte dos carros da frota. Além disso, os PMs deverão possuir coletes a prova de balas dentro da validade de uso, os armamentos deverão estar em boas condições, assim como deverão estar com todos os equipamentos de segurança. Além disso os motoristas das viaturas deverão ter curso de direção defensiva.
 
"A Polícia Militar não pode fazer greve, mas só por agir dentro da lei impedirá que a maior parte do efetivo vá para as ruas", afirmam os líderes do movimento.