Política

DIRETOR BJÁ DIZ NA UFRB QUE BAHIA PODE TER DOIS PALANQUES PARA DILMA

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| 04/08/2009 às 23:02
Jornalista Tasso Franco em palestra para alunos da Uniersidade Federal do Recôncavo
Foto: BJÁ
   Em palestra para um grupo de alunos da disciplina Comunicação e Política do Curso de Comunicação/Jornalismo da UFRB, Universidade Federal do Recôncavo, em Cachoeira, o diretor de redação deste site, jornalista Tasso Franco, disse nesta terça-feira, 4, que é admissível a possibilidade de dois palanques para a ministra Dilma Rousseff, em 2010, na Bahia, com Jaques Wagner (PT) e Geddel Vieira Lima (PMDB), ambos disputando a querência do presidente Lula da Silva.

  "As indicações do momento estão nessa direção e a Bahia não representa uma situação isolada, cenários que poderão acontecer, também, em outros estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso, entre outros", comentou o jornalista situando que, em 2008, na eleição do prefeito de Salvador, em primeiro turno, aconteceu fenômeno igual com João Henrique (PMDB) e Walter Pinheiro (PT) disputando a preferência do apoio de Lula.

  Franco comentou, ainda, que o cenário baiano, hoje, bastante antecipado, aponta para três candidaturas ao governo do Estado abrindo a possibilidade da disputa pelo Senado para seis nomes, o que será bastante salutar para a política. "Essa situação poderá se modificar no decorrer do processo, mas, acho pouco provável que isso aconteça diante das declarações que estão sendo postas pelos candidatos na mídia", frisou.

  Para o jornalista, ainda é cedo para se fazer qualquer prognóstico do que acontecerá em 2010, em termos da dupla que irá para o segundo turno, entre Jaques Wagner (PT), Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB) porque ainda falta um ano para o início da campanha propriamente dita.

  ESTRATÉGIAS

  O jornalista situou que, pelo exposto até agora, o governador Wagner está com sua estratégia basicamente definida em 4 pontos: o apoio ao projeto Lula/Dilma e vice-versa; os demonstrativos de sua gestão em relação a Paulo Souto; marca de governo republicano e democrata, de diálogo (anti-carlismo); e marca de que pequenas obras em todos os municípios representa um grande governo.

  Entende que, Souto também já definiu parte de sua estratégia, centrada em 4 pontos: a reconstrução da Bahia diante o que considera o fracasso Wagner; os demonstrativos em áreas essenciais; o apoio a José Serra e vice-versa; e a postura firme na defesa de princípios que os vê mais democráticos do que os praticados, atualmente, sem medo de defender o carlismo.

  Já o ministro Geddel Vieira Lima tem se apresentado como aliado de Lula e o mais eficiente na execução de projetos do PAC (Dilma); um tocador de obras, ágil e mais eficiente do que o governo atual; o novo na política como candidato majoritário ao governo da Bahia; firmeza e sinceridade no que faz amelhando a base municipalista. Seria, assim, mais do meio político do que Wagner e Souto.

  Franco comentou, por fim, que nada é estático em política e essas estratégicas deverão ser aprimoradas e adicionadas com outras competências de parte a parte.