Aladilce saudou os servidores, cuja maioria participante do Seminário veio das Dires-Dretorias Regionais de Saúde instaladas nos diversas municípios do estado. Na abertura do evento, o deputado Álvaro Gomes (PCdoB), também defendeu a correção das distorções dos planos e das condições de trabalho na área da saúde, e a melhoria da qualidade dos serviços de atendimento ao público.
O presidente do SindSaúde - Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Sílvio Roberto dos Santos, disse da importância do III Seminário, cujo objetivo foi debater a situação atual e perspectivas na carreira e vencimentos desses profissionais. Sílvio salientou que "na Saúde, todo trabalhador é essencial".
LUTA DA CATEGORIA
A médica e auditora, Rosana Bezerra, palestrante convidada, lembrou a trajetória de luta da categoria, inclusive com a greve promovida em 1989, como reação à divisão dos servidores da Sesab em dois grupos operacionais. Para ela, "tanto quanto a luta por um plano digno, os objetivos maiores dos trabalhadores da Saúde envolvem justiça e igualdade social". Rosana considerou avanço a implantação do PCCV da Saúde em fevereiro deste ano, mas disse vê-lo "apenas como um grande acordo que tem de ser aperfeiçoado".
Ela reconheceu também como avanço a instalação das mesas de negociação permanente, mas ressaltou: "temos de fazê-la funcionar". Sustentou, ainda, que "as instituições do estado pertencem ao povo e não ao governante de plantão', embora considerasse "uma luta árdua essa por Planos de Carreiras que reduzam as desigualdades e estabeleçam justiça no tratamento das diversas categorias de trabalhadores, a palestrante defendeu a construção de um Plano de Carreira que contemple todos os servidores da SESAB na medida em que todos trabalham para o SUS que é uma política de Estado. A palestrante apresentou e discutiu a tabela de remuneração servidores técnicos administrativos e apontou as distorções que continuam existindo e precisam ser sanadas.
O representante dos trabalhadores da 13ª Dires (Jequié), Paulo César, disse que os servidores foram contratados pela Sesab e não pela SAEB-Secretaria Estadual da Administração. Ele criticou o governo pela falta de pagamento de insalubridade aos auxiliares e técnicos que atuam em hospitais. E o não funcionamento da mesa de negociação.
Alberoni, de Ibicaraí, sustentou que na medida em que os governos esquecem de proporcionar melhorias para os servidores não conseguirá melhorar o atendimento ao público. Ele encaminhou ao sindicato cinco quilos de documentos com distorções verificadas na falta de isonomia, pagamentos de gratificações, insalubridade e redução de cargas horárias aos trabalhadores na região.
Alberoni questionou, ainda, a municipalização do hospital de Ibicaraí. Para ele, efetuada de forma unilateral, e que ocasionou a transferência de grande número de servidores para municípios vizinhos, com transtornos para suas vidas pessoais. Segundo ele, "o hospital de Ibicaraí não passa, hoje, de um mero posto médico".
Dezenas de outros representantes no III Seminário também apontaram críticas e sugestões à situação dos servidores. A direção do SindSaúde ficou de elaborar um documento final do evento para encaminhar à Secretaria Estadual da Saúde.