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Deputados João Carlos Bacelar e Capitão Tadeu, dois críticos da falência da segurança na Bahia
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O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa, deputado João Carlos Bacelar (PTN), afirmou que a matéria exibida na noite de ontem pelo Jornal Nacional e, hoje, no Bom Dia Brasil, confirmam as denuncias feitas por ele, da completa falência da política de Segurança Pública do governo Jaques Wagner, com bairros convivendo com toques de recolher, policiais intimidados pela marginalidade, a ausência dos organismos de segurança pública para garantir proteção à sociedade.
"O governador, num rompante de deselegância e desespero, agrediu aqueles que hoje criticam a ausência do Estado na segurança pública. Mas os fatos estão ai, denunciados publicamente em rede nacional e não podem ser desconsiderados", afirmou Bacelar.
De acordo com o deputado, o governo não tem argumentos para rebater a falência da política de Segurança Pública, uma vez que existem 165 municípios sem delegados; não existem viaturas, armamentos e policiais tanto civis quanto militares para dar segurança à sociedade que paga impostos; municípios estão assumindo atribuições que são de responsabilidade exclusiva do Estado, como garantir a infra-estrutura das delegacias, pagando gasolina das viaturas, efetuando reparos em delegacias, pagando alimentação dos policiais; o tráfico de drogas cresce vertiginosamente e agora teve a confirmação dos toques de recolher que vinham sendo denunciados pelo parlamentar na comissão.
"Nunca o governo Jaques Wagner respondeu nossos questionamentos. Mata-se hoje como nunca se viu na história recente da Bahia. Os autos de resistência onde policiais matam bandidos em supostas trocas de tiros -, cujas informações foram requeridas à SSP, nunca foram respondidas. Diariamente, vemos pessoas chegando à comissão para denunciar a quebra dos preceitos dos Direitos Humanos e a violência promovida pelo Estado. Temos delegacias superlotadas, rebeliões em presídios, fugas em massa. Essa triste realidade está ai, nas ruas, nos bairros, no dia a dia das comunidades, sobretudo as mais carentes.
NÃO QUEREM
VER A REALIDADE
Enterram a cabeça na areia para não encarar essa triste realidade que atinge sobretudo os pobres, jovens negros, moradores das periferias, exatamente aqueles que mais necessitam da presença do Estado, completou Bacelar. Outro aspecto destacado pelo parlamentar é que o atual governo fez azedar de vez as relações entre as Polícias Civil e Militar: "Há uma clara predileção do Secretário pela Polícia Civil e não sou eu quem afirma isso. São os aliados do governo Jaques Wagner, tanto que a PM está em estado de alerta, exigindo os mesmos índices de reposição salarial concedidos à Polícia Civil".
Além disso, na convocação do Secretário pela Assembléia, nenhum integrante da cúpula da PM esteve presente e um único soldado fardado que estava no plenário foi orientado a deixar o local. Essa é a política de unificação proposta pelo governo?, questionou Bacelar. O parlamentar lembrou ainda a queda no fluxo de turistas ao Estado, diante da seguidas mortes e assaltos aos grupos que visitam a Bahia.
Bacelar também destacou o crescimento dos assaltos nas estradas; roubos a cargas e ônibus intermunicipais e interestaduais; aumento nos assaltos a coletivos; aumento do furto e roubo de veículos; notícias constantes de arrastões nos engarrafamentos e sinaleiras da cidade; menores cada vez mais jovens sendo usados pela criminalidade; denúncias de toque de recolher; ameaças a agentes de segurança e falta de apoio da Secretaria de Segurança Pública são algumas das notícias que chegam constantemente à Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública.