Mário Lima tinha 74 anos, foi líder sindical dos petroleiros por muitos anos e chegou a ser cassado no período da Ditadura Militar.
O parlamentar estava internado, na UTI do Hospital Aliança, em estado considerado de morte cerebral pelos médicos, desde a tarde de quinta-feira.
Nascido na cidade de Glória, no Vale do São Francisco, morre aos 74 anos. Foi nos anos 60 o principal e mais combativo líder petroleiro da Bahia e um dos mais importantes líderes sindicais do País na fase que antecedeu o fortalecimento do movimento sindical dos metalúrgicos do ABC, em São Paulo, do qual surgiria Lula, atual presidente da República.O ex-dirigente do Sindipetro conviveu proximamente com ex-presidentes como Juscelino Kubitschek, mas principalmente com João Goulart.
"Não precisava marcar audiência para ser recebido por Jango, em Brasilia, e discutir com o presidente trabalista (PTB), diretamente, os problemas e reivindicações dos trabalhadores do petróleo", costumava dizer o ex-deputado constituinte.
Com a queda de Jango, no golpe militar, foi perseguido, afastado do Sindipetro e preso, primeiro em quarteis do Exército em Salvador, depois transferido pera a Ilha de Fernando de Noronha, onde ficou preso ao lado do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, entre outros presos e perseguidos político da época.
No congresso teve atuação também destacada e conviveu proximamente com lideres do porte de Ulisses Guimarães e Tancredo Neves, dos quais o ex-parlamentar baiano sempre recebeu palavras de elogio.