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Deputado Heraldo Rocha diz que Estado tem débito de R$650 milhões
Foto: BJÁ
O líder da Oposição na Assembléia Legislativa, deputado Heraldo Rocha (DEM), atribuiu o destempero do governador Jaques Wagner, em solenidade de entrega de ambulâncias, ontem, à grave crise financeira e de gestão em áreas consideradas prioritárias.
Se não bastasse a situação precária da Saúde, da Educação, e da Segurança Pública, a crise se estendeu agora às finanças do Estado. "Tenho circulado pelo interior do estado e ouvido críticas do povo contra o governo, que prometeu muito cumpriu muito pouco", rebateu.
"A postura do governador deixa bem claro para as Oposições que a situação financeira precária do Estado já esta afetando o humor do Governador. Também não é para menos", disse o deputado.
Segundo Rocha, de acordo com dados levantados no SICOF ontem (08/07), o Estado tem um débito, hoje, da ordem de R$650 milhões, considerando as despesas liquidadas e não pagas, despesas inscritas em Restos a Pagar, e despesas de exercícios anteriores, e devem existir ainda débitos que não foram empenhados pelas diversas Secretarias e por isto não estão registrados no sistema.
"Não é por acaso que todas as categorias de fornecedores estão se manifestando, como é o caso dos produtores culturais, sindicato de limpeza, sindicato de construção civil, terceirizados, entre tantas outras categorias" acrescentou o deputado.
QUEDA DE ARRECADAÇÃO
"Além dos débitos, existe a questão da queda da arrecadação, e será difícil conseguir recursos para quitar a totalidade das dívidas pois o ICMS arrecadado até junho, no total de R$4,5 bilhões, não paga o total da folha de pessoal do período, de R$4,877 bilhões, com um incremento de mais de 10%, em relação ao mesmo período de 2008, (SICOF em 08/07),considerando aí as despesas liquidadas até 30/06.
- Como podemos ver, é um total descontrole financeiro, pois as despesas estão aumentando e a receita caindo. Será essa a causa do descontrole do governador, que vem destratando aliados e adversários num momento de crise, onde é necessário unidade e serenidade para enfrentar os problemas que eles mesmos criaram por falta de competência administrativa", questionou Rocha.