O prefeito João Henrique (PMDB) não conseguiu concluir o percurso da primeira parte do cortejo ao 2 de Julho, entre a Lapinha e a Praça da Sé, diante de tumultos promovidos por sindicalistas e grevistas da Prefeitura que, além de vaias, lançaram ovos e um guarda-chuva sobre o prefeito. Na altura da Cruz da Pascoal o prefeito se retirou do cortejo, muito suado e esbaforido.
O prefeito as atitudes de alguns movimentos isolados de grevistas que agiram com truculência e claro espírito antidemocrático ao agredi-lo e outras pessoas com o arremesso de ovos em um ato que em nada lembra "a democracia que tanto defendemos". O prefeito - segundo sua assessoria - não se intimidou com os gestos dos gravistas e seguiu o trajeto até metade do caminho.
Como acontece todos os anos, o cortejo ao 2 de Julho a partir da Estrada das Boiadas até a Sé, foi bastante tumultuado. Logo no início da manhã, na Laprinha, muita confusão e empurra-empurra devido às manifestações de servidores da prefeitura em greve. O tumulto começou porque alguns trabalhadores que não aderiram à greve da categoria retiraram do Largo a faixa colocada pelos grevistas.
Logo depois, o superintendente da Sucom, órgão da prefeitura também em greve, Cláudio Silva, chegou ao local e foi cercado por manifestantes, que o vaiaram e xingaram. Gustavo Mercês, presidente do Sindseps, sindicato que representa os servidores da prefeitura, foi cercado por seguranças da Prefeitura, que o impediram de dar continuidade aos protestos.
O clima de tensão começou quando o prefeito e o ministro Geddel Vieira Lima passaram pela multidão para a cerimônia de hasteamento e os servidores começaram a atirar papéis contra as autoridades. Os manifestantes jogaram ainda ovos e até um guarda-chuva em João Henrique.
Logo em seguida, houve briga e confusão entre representantes do sindicato da categoria e os supostos seguranças da prefeitura e do partido político. Gustavo Mercês foi agarrado pelos homens, sofreu uma "gravata" e foi levado para os fundos da Igreja da Lapinha. Em seguida, chegou um outro grupo atrás da igreja e a confusão recomeçou.
A Polícia Militar (PM), então, chegou ao local e o tumulto foi encerrado em seguida. Os trabalhadores estão em greve desde o dia 7 de junho para reivindicar reajuste salarial e melhoria das condições de trabalho, além de outros benefícios.
SOLENIDADE
As bandeiras do Brasil, da Bahia, de Salvador e do Instituto Geográfico da Bahia, foram hasteadas no Largo da Lapinha, no começo da manhã, pelo governador Jaques Wagner, o prefeito João Henrique e outras autoridades. Ao lado do ministro da Cultura, Juca Ferreira, colocaram coroas de flores para homenagear o general Labatut, comandante das tropas que atuaram na independência da Bahia.
Outros políticos, como o senador Antônio Carlos Júnior e o deputado federal ACM, também estavam presentes. Durante o desfile, o PT usou a mesma tática da época de ACM "segurando" os Democratas e os "tucanos" na fila de espera e estes só desfilaram na "rabeira" depois do PCdoB, PMDB, PV, PSB e PT.
O bloco do PMDB foi dividido em duas partes. Na primeira, o comando foi do ministro Geddel Vieira Lima; e na segunfa, por uma batucada com balões e o secretário geral do partido, Genebaldo Correia.