Política

SENADOR CÉSAR BORGES COBRA DESAPROPRIAÇÃO PARA PRÉDIO DO MARISTAS

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| 30/06/2009 às 22:17

 

         O senador César Borges (PR-BA) entrou na campanha pelo salvamento do prédio onde funcionou até o ano passado o Colégio Maristas, no bairro do Canela, decisão que pode gerar 3.600 vagas no ensino público federal de nível médio e superior em Salvador. O senador leu carta aberta ao governador Jaques Wagner, assinada por entidades que lideram a campanha, pedindo que o governo baiano decrete a utilidade pública do imóvel para fins de desapropriação.

         Ex-aluno do Maristas, César Borges defendeu "uma finalidade educativa para o antigo prédio, para não entregá-lo à indústria imobiliária". De acordo com a carta aberta lida no plenário, a desapropriação do Maristas não traria custos ao governo baiano porque a operação seria custeada por recursos do próprio Instituto Federal da Bahia, junção da ex-Cefet e da ex-Escola Técnica. Ainda assim, desde março, o pedido aguarda decisão do governador.

         A venda do Colégio Maristas do Canela foi anunciada em outubro do ano passado, quando começou a mobilização da sociedade para impedir que o prédio principal, um casarão do início do século XX, fosse derrubado. A área teria sido comprada por uma construtora para construção de duas torres residenciais. Desde então, somente um registro de tombamento provisório realizado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) evita que o casarão seja demolido.

         Para César Borges, Salvador tem muitos terrenos disponíveis para o setor imobiliário construir edifícios, "mas o colégio maristas é único, e se for derrubado vai impedir que Salvador conquiste novas vagas para o ensino público federal". Ainda segundo o senador, "lamentavelmente, nada aconteceu, em resposta a estes milhares de estudantes que aguardam desde março a notícia de que estas vagas serão garantidas". Ele cobrou "sensibilidade" dos órgãos competentes