O líder comunitário do bairro de Fazenda Coutos, Manoel Messias Silva, compareceu nesta segunda-feira (25), à Câmara Municipal, para pedir interferência dos parlamentares no sentido de melhorar a segurança pública no subúrbio Ferroviário. Emocionado, contou que por causa do trabalho desenvolvido junto à comunidade, foi ameaçado de morte e expulso do bairro pelos traficantes.

     Segundo Messias, ele chegou a ser convidado pelos marginais para se juntar ao tráfico, mas ao recusar, começou a ser seguidamente ameaçado de morte e foi obrigado a sair do bairro para morar em Pernambués.

     Para solucionar o problema da segurança pública, o líder acha que além de investimentos diretamente na área, é necessário também que a saúde e a educação das comunidades mais carentes sejam privilegiadas. "Se não temos educação, não poderemos formar cidadãos. Precisamos chamar atenção de vocês para essa situação que é extremamente preocupante", declarou.

    
   O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia, Marcos Maurício, também foi à Câmara para falar da segurança pública, da situação dos policiais e da falta de apoio à classe que, segundo ele, tem sido uma das marcas do governo de Jaques Wagner.

     "Ele (Jaques Wagner) coloca viaturas nas ruas para dar uma sensação falsa de que estamos seguros e está agindo da mesma maneira que as administrações passadas. Faz muita propaganda, muito blá blá blá e nada de efetivo. Estamos cobrando um compromisso desse governo para tomar as medidas necessárias", afirmou Maurício.

      Já o vereador Alcindo Anunciação (PSL), ressaltou a importância da intermediação de vereadores da base de apoio ao governador para resolver a situação dos policiais. "Se o cidadão que veio à Câmara for morto quando sair daqui a culpa vai ser dessa Casa que não fez nada para ajudar".

      O aumento do número de viatura, a melhoria das condições de trabalho, realização
de concurso público e a promessa de se fazer muito mais nos dois últimos anos do governo Wagner foram destacados pelo vereador Giovanni Barreto (PT).
 
      Segundo ele, "o governo não pode fazer o milagre de multiplicar o salário defasado dos policiais de uma vez só. A culpa disso é da administração anterior que passou mais de vinte anos no poder e nunca se preocupou com a classe". (Marivaldo Filho, repórter)