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No último programa de TV dos candidatos a prefeito de Salvador a opção geral foi a emoção.
Destaques para os de Neto (DEM) e Imbassahy (PSDB) com jingles e cobertura de imagens que mais sensibilizam o eleitor. Pinheiro (PT) manteve a linha de priorizar a relação com Lula e João (PMDB) repisou a poesia do amor e a relação cidade/obras/cotninuidade com o aporte da fala de Geddel.
Pelo menos, no derradeiro programa, ninguém atacou ninguém, embora persista um comercial do PMDB glosando com uma fala de Pinheiro na qual situa o apoio a João, na campanha de 2004, agora com a adicional de uma locação onde se diz: "Faça como Pinheiro, vote em João".
O PMDB havia criticado a trucagem de Pinheiro com Lula no palanque da Barra, agora, faz uma montagem ainda pior. Mas, nesta campanha, houve poucos direitos de resposta e uma vale-tudo nunca visto nas últimas campanhas eleitorais na Bahia.
A Justiça atuou como aquele juiz de futebol que deixa a bola rolar e só marca as faltas mais vigorosas.
O programa de João foi politicamente correto. Colocou Geddel e os ministros do PMDB e passou imagem da confiança na continuidade de obras, com bom fala povo de suporte. A fala final de João também foi boa sobretudo quando disse que adquiriu experiência e está mais forte para governar.
O Osvaldir do táxi, imitando o programa escrito por João Ubaldo Ribeiro (Faça sua história/Rede Globo) excelente.
Imbassahy também fez um bom programa. Pena que deixasse para o final mostrar o que realizou quando foi prefeito. Agoram, Inês é morta. A cobertura do seu jingle emocionou. Hilton Coelho cumpriu bem seu papel. Saiu-se muito bem nesta campanha apesar da pequena pontuação nas pesquisas.
Pinheiro, basicamente, repetiu o programa do meio dia. A relação do depoimento Lula/família com Pinheiro/família foi o melhor. A parte emocional da cobertura do jingle não foi tão boa. A fala de Wagner, no último programa, bem que deveria ser mais incorpada e fora do bloco Lídice/Pelegrino.
Neto fez um bom programa. Colocou bem sua trajetória política na telinha, politicamente corretissima (sem se relacionar com ACM) e sua fala final com a cobertura de imagens do jingle foi também boa. Sua relação em caso de amor com a cidade foi o melhor. Aliás, João também seguiu nessa linha.
A rigor, todos os candidatos têm essa empatia amorosa com a cidade e sua população, Agora é esperar domingo para saber a recíproca.
A campanha, uma das mais emocionantes de Salvador nos últimos anos, chega ao final sem favoritos para o segundo turno entre três dos candidatos.
Se hoje, a emoção prevaleceu na telinha, domingo vai ser ainda maior.