Umas palavrinhas sobre o programa eleitoral dos candidatos a prefeito de Salvador, neste noite de sexta-feira, 26, na telinha.

   Hilton Coelho foi perfeito. Com o pouco tempo que teve fez um programa que sensibiliza a classe média e tratou de um tema que incomoda a todos: o PDDU e a destruição da Mata Atlântica. Falou para a cidade e eleitorado de forma muito objetiva.

   Pinheiro, em seguida, fez um dos seus melhores programas. Cuidou de sí e do eleitorado colocando Lula no palanque linkado com seu discurso, os dois falando a mesma linguagem, sem pieguices. Sua fala sobre a dignidade também se relaciona no politicamente correto.

   No mais, fez um condensado de suas propostas, de forma didática com as presenças de pessoas que "levam Salvador no peito" e foram colocadas durante a campanha. Só pecou, mas, isso é um preciosismo irrelevante, no azul da camisa que usou.

   ACM Neto fez um dos seus piores programas. Depois de trafegar com sucesso durante toda a campanha em primeiro lugar na pesquisa arriscou-se a fazer comparativos com os três candidatos, o que, para o telespectador, demonstra uma grau de superioridade que não convém. Ademais, na medida em que pulveriza o ataque em três direções, acaba não atingindo nenhum deles.

   Sua fala final pedindo uma chance para ser prefeito foi o melhor.

   João Henrique fez um programa também falando para o eleitorado. Se não tivesse colocado o fala povo (que pouca gente acredita) sobre o caso das casas no subúrbio, seria ainda melhor. Já sua fala sobre Pinheiro (é a única coisa que tem a apresentar) foi na veia.

   Agora, o melhor do seu programa foram os depoimentos (grafiteiros, moradores, etc) associados ao trabalho que vem realizando na cidade. A música papá, 15, 15, 15 é um clone do créu do 13. Faz parte.

   Imbassahy foi o último a se apresentar e colocou a "Revolta do Buzu" na telinha situando seu ponto divergente com ACM. Tardio, fora do script nesse momento da campanha. Mas, ainda assim, certamente demarcando que está distante do "carlismo" ou do que restou dele.

   No mais, usou trechos do debate na TV Aratu para situar seu ponto-de-vista sobre a segurança pública. Só falou para o eleitor, mais diretamente, no final quando colocou depoimentos das torcidas do Bahia e do Vitória.