Política

ARQUIDIOCESE NÃO AUTORIZA USO DA IMAGEM DO CARDEAL EM PROPAGANDA

Vide
| 25/09/2008 às 17:04
Panfleto de ACM Neto com cardeal Geraldo Majella tem reprovação da igreja (F/D)
Foto:
    Em nova divulgada no site da Arquidiocese de Salvador, nesta quinta-feira, 25, a Igreja Católica não autoriza imgaem fotográfica ou em vídeo de qualquer autoridade eclsiástica. A nota não se refere a ACM Neto, diretamente, mas, este candidato está divulgando um panfleto em que aparece beijando a mão do cardeal Geraldo Majella.

    Outro documento, assinado pelo frei Ruy Lopes, da Ordem dos Padres Capuchinos, está circulando nas paróquias destacando o perfil cristão do candidato do PSDB, Antonio Imbassahy. Segundo o frei há "traços do verbo divino" em relação a Imbassahy.

   ABAIXO OS DOIS 
   DOCUMENTOS

 

NOTA OFICIAL

 

 

A Arquidiocese de São Salvador da Bahia não autoriza o uso de imagem fotográfica ou em vídeo de qualquer autoridade eclesiástica em peças publicitárias de campanhas de candidatos a cargos eletivos nas eleições de 2008, conforme tradição amplamente conhecida por toda a sociedade baiana.


Ao mesmo tempo repudia o uso que estes mesmos candidatos já tenham feito das referidas imagens no sentido de vincular sua candidatura a apoio recebido por parte das autoridades eclesiásticas.


Padre Manoel de Oliveira Filho

Salvador, 25 de setembro de 2008




PERFIL CRISTÃO
DE ANTONIO IMBASSAHY


 


          De um cristão se atesta não apenas o seu registro de batismo ou a sua freqüência a ritos litúrgicos. O próprio Mestre queria algo mais; de um político, algo bem maior.

          A que podemos referir a respeito de Antonio Imbassahy, um candidato que pleiteia governar uma cidade metropolitana?    Se a política é o exercício da cidadania, naturalmente que um cristão por ela se interesse e mais que outros,  comprometa-se na prática da justiça e na promoção do bem. Neste sentido, o perfil cristão de um candidato deve traduzir-se em sua vida, sua conduta, suas práticas...


          Deste modo, percebe-se claramente, traços do verbo divino na vida de Imbassahy. Especialmente quando se contempla o seu testemunho familiar. Pai dedicado, esposo zeloso. Não é isto que uma "cidade-mãe" como Salvador requer de um gestor?  Quem não governa o próprio lar, não é capaz de governar a casa que é de todos...

          Conseqüência disso é sua inegável capacidade de governar. Nem sempre um chefe é um líder. Ao líder se requer o carisma da "governança", sua habilidade em conduzir projetos, dirimir situações problemas e aglutinar forças em torno de propostas. Tudo isso, acrescenta-se ao perfil de Imbassahy, sua formidável abertura ao novo, a outros partidos opostos, às idéias contrárias, à atitudes divergentes, nele se encontra o respeito ao diferente. Em termos católicos: o homem ecumênico que se abre a todos e a todas as religiões, sem perder a sua identidade.


          De acordo, ainda, com o que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que orienta os cristãos católicos desta Nação, não poderia deixar de ser marca profunda em Antonio Imbassahy, o seu sentido de seguimento à doutrina da Igreja,  respeito à hierarquia e, sobretudo, o compromisso com a dignidade da vida. Este último,um imperativo da consciência moral do cristão. Todos somos dignos, mas nem todos reconhecem a sua própria dignidade e mais ainda, a  do outro.


           Um cristão que reconhece a dignidade da vida e a defende, possui valores. É alguém de valor que merece não apenas a credibilidade do voto dos demais cristãos, mas merece o respeito e a reverência.




           Frei Ruy Lopes.

                Da Ordem dos Frades Capuchinhos