Os programas dos candidatos a prefeito de Salvador na TV, nesta quarta-feira, 17, à noite, manteve a pegada de críticas de parte a parte, ainda que em clima mais ameno.

   Estão sentindo que o eleitor, agora, quer uma definição mais clara sobre sua família e a cidade.

   Hilton Coelho, do PSOL, no pouco tempo que teve, criticou o PDDU e a invasão desordenada em Abaeté.

  Imbassahy retornou ao campo das propostas ainda que tivesse dado estocadas em João em relação ao abandono das creches, programa que pretende revitalizar se eleito for.

   Também fez um apanhado de suas propostas na saúde e na assistência à mulher.

   No final, voltou a perguntar a João onde estão os 80 milhões arrecadados pela SET e, mais uma vez, cutucou Neto com o discurso da "surra" em Lula.

   Pinheiro, finalmente, apresentou a fala genérica de Lula (padrão para outros candidatos do Brasil) destacando aspectos do seu governo e pedindo votos para aquele que tem compromissos com o Brasil.

   De toda sorte, ainda que com roteiro amplo geral e irrestrito, só o fato de ser no horário do PT, Pinheiro passa a ser identificado de forma mais clara como candidato de Lula.

  Evidente que Pinheiro aproveitou a fala do presidente e colou sua trajetória (ao lado de Lula) para dar mais força ao programa.

  No mais, se deteve no programa da saúde pongando no Hospital do Subúrbio do governo Wagner, que sequer começou a obra, e no programa "Mamãe Coruja", copiado do PT de Aracaju, da gestão Deda.

  O Balcão de Zete não está tendo o mesmo efeito da "panelinha" da época da campanha Wagner. Ainda assim, o de hoje, com o créu 13,13,13, foi legal.

  Pra fechar, Pinheiro falou mais uma vez que a virada já começou, embora venha repetindo esse discurso desde a caminhada no centro.

   ACM Neto dedicou seu programa a segurança, o forte de sua campanha. Usou o jornalismo (poderia até ser mais forte) para mostrar o toque de recolher nos bairros e detalhou o BBB (câmaras blindadas de segurança), dando uma alfinetada em Imbassahy.

   Segundo Neto, pesquisa aponta que 93% da população aprovam o programa. Neto também deu umas alfinetadas indiretas em Pinheiro, mostrando que governar precisa também ter certa capacidade administrativa e não ficar dependendo de Lula/Wagner.

   No final, em jingle (e vacina) Neto assumiu o epíteto de menino. "Acredite é o menino". Interessante.

   O último programa da noite foi o de João. Suas lições de moral estão perdendo força depois que também vem sendo criticado na TV. Dois bons momentos do seu programa foram a construção de casas populares e críticas a Imbassahy; e a capacidade de fazer bons projetos com depoimento de Lula, crítica a Pinheiro.

  O programa de praças poderia ser melhor explorado uma vez que aponta 350 feitas e/ou recuperadas.