Estimular o servidor público, especialmente o pessoal da área da Fazenda, com melhores salários e qualificação profissional é instrumento essencial para o azeitamento da máquina administrativa. Foi isso que defenderam, na manhã de hoje (15), os candidatos da coligação Força do Brasil em Salvador, João Henrique e Edvaldo Brito,

em encontro realizado no auditório do Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador, com auditores fiscais do município.

 Candidato à reeleição, João Henrique lembrou aos auditores que nesta sua gestão adotou uma política de valorização do servidor e de recomposição das perdas salariais, entendendo que o bom desempenho do funcionário passa por essas questões.
 
  "Não estamos dizendo que isso é o suficiente, mas a modernização da máquina administrativa, tão necessária, depende muito da qualificação e do bom desempenho do servidor", avaliou, ressaltando o trabalho realizado por seu pai, o senador João Durval Carneiro, quando governador.

  ESTÍMULO SALARIAL

  Advogado tributarista de renome no Brasil, professor Brito é defensor inconteste do estímulo salarial como forma de recompensar o esforço do trabalhador, seja ele da iniciativa privada ou pública. Disse, ainda, que a remuneração deve ser compatível com o trabalho e o empenho realizado por cada um, por isso não pode ser linear, respeitando a progressão na carreira.

  Essas e outras questões, como a modernização da máquina administrativa, com a informatização do processo e redução da burocracia; a continuidade do programa de valorização do servidor, além dos investimentos em qualificação dos recursos humanos, são algumas das metas a serem concretizadas num segundo mandato.

  Durante encontro João fez um balanço de como encontrou a prefeitura, em 2005, e ressaltou a importância da categoria para aumentar a receita do município. "Quando assumimos, encontramos a administração com as finanças desequilibradas, com um modelo de gestão dependente do estado, obsoleta. Hoje a cidade tem o dobro da receita, graças ao apoio de vocês", salientou.

  "Muito produtivo o encontro com João Henrique", disse José Jorge Teixeira, presidente da Associação Baiana dos Auditores Fiscais Municipais (Abam). O evento, que está sendo realizado com os candidatos à prefeitura de Salvador, visando conhecer o plano de governo de cada um, de um modo geral, e a política de administração tributária planejada.

  FISCALIZAÇÃO

  Atualmente são 137 auditores, sendo 34 em trabalho interno e 103 destinados à fiscalização. Segundo José Jorge, nos próximos quatro anos, quatorze profissionais estarão se aposentando. Com esses dados, e lembrando que o último concurso público para auditores aconteceu há 18 anos, os auditores cobraram um posicionamento do candidato para evitar que a redução do número de profissionais não só sobrecarregue a categoria, como prejudique a arrecadação, cujos benefícios são direcionados para a melhor prestação do serviço público.

  Questionado sobre o critério de ocupação do cargo de secretário da Fazenda, João foi categórico. "Nessa primeira gestão aprendi que a indicação técnica deve prevalecer sobre a política, especialmente nas pastas técnicas".