As pesquisas Vox Populi e Datafolha, divulgadas este final de semana, confirmam o potencial de crescimento da coligação "Salvador-Bahia-Brasil" (PT, PSB, PCdoB, PV), que manterá a mesma estratégia para que o candidato a prefeito Walter Pinheiro vá ao encontro dos mais de 20% do eleitorado que, nas duas sondagens, disseram ter preferência pelo PT.

Pinheiro, que saltou de 10 para 15% na Vox Populi e de 13 para 16% no Datafolha, disse que esse registro era esperado, "já que nossa campanha começou mais tarde. Nos próximos 30 dias, vamos em busca também da margem expressiva de eleitores que ainda não me conhece", disse confiante nas atividades de corpo-a-corpo, como foi sua participação, na manhã de hoje (07), no Grito dos Excluídos 2008, no centro da cidade.

Por volta das 10 horas, a militância dos partidos da coligação já se arrumava, no Campo Grande, logo atrás das organizações de base, grupos, federações, associações, entidades, igrejas, sindicatos e movimentos sociais que fazem a marca da marcha para denunciar todas as formas de exclusão social.

Pinheiro seguiu em caminhada, junto com a vice Lídice, os deputados Nelson Pelegrino e Luiz Bassuma e dezenas de candidatos a vereador, assim que o padre Zé Carlos, de cima de um trio elétrico, anunciou o início do percurso até a Praça Castro Alves, às 11h50. Em sua 14ª edição, o Grito deste ano adotou o tema "Vida em primeiro lugar, com direitos e participação popular" e, em Salvador, o ato foi o ápice de uma série de atividades, como oficinas sobre democracia direta e participativa e controle social, que tiveram início dia 2.

"Aproveito o momento para dizer que nós, os excluídos da Cultura, manifestamos o apoio ao candidato Pinheiro, do partido de Lula e Wagner", disse o poeta Kuka Matos, que comandava uma claque de artistas de rua, que chamava a atenção de todos de forma lúdica, com bonecões, malabaristas mirins, palhaços e uma fanfarra improvisada.

Conforme os populares avistavam Pinheiro na caminhada, entre bandeiras e candidatos a vereador, chegavam mais perto para acenar e fazer um "v" da vitória. "Com fé em Deus, é ele! É Pinheiro na cabeça!", falou bem alto o vendedor ambulante Roberto Carvalho, que aproveitou o belo domingo de sol, de exercício de cidadania e de muita gente na Avenida Sete - cerca de sete mil pessoas segundo a Polícia Militar, para vender água mineral e refrigerante.