Até agora somente Curitiba e Porto Alegre são as duas capitais que conseguiram conquistar o selo que exige redução do analfabetismo para igual ou menos de 4% da população, segundo destacou Ney Campello, ex-secretário municipal de educação e um dos coordenadores da elaboração do programa da coligação para o setor. Pinheiro quer enfrentar o desafio incorporando a cidade ao "Topa - Todos pela Educação", do governo estadual, e destinando bolsas para estudantes universitários que assumam o compromisso de alfabetizar adultos.
Pinheiro falou da trajetória de luta dos partidos da sua coligação em defesa da educação e das conquistas da Bahia de 2003 para cá, quando o Governo Lula criou mais duas universidades federais - a do Recôncavo e do Vale do São Francisco -, depois de 60 anos em que a Bahia se manteve com apenas uma universidade, a UFBA. Diante da platéia formada essencialmente de professores e dirigentes sindicais de entidades das redes pública e privada (Assufba, Sinpro, APLB-Sindicato e CUT), o candidato assegurou: "Vamos transformar Salvador na cidade do conhecimento".
Além da erradicação do analfabetismo, o programa de Pinheiro define outros seis pilares para uma educação pública de qualidade, destacando-se o "Bairro Educador", uma experiência de administrações petistas em Nova Iguaçu (RJ) e Belo Horizonte (MG). "São projetos testados e aprovados", frisou Maria Regina, do setorial de Educação do PT. Esse programa prevê a utilização das escolas e espaços comunitários para práticas culturais, esportivas e oferta de cursos profissionalizantes.