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Sessão desta segunda caiu com pedido de verificação de quórum de Paulo Rangel, PT (F/BJá)
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A base aliada do governo deverá retomar a maioria nas comissões temáticas da Assembléia Legislativa com a saída do deputado João Bonfim, do DEMOCRATAS, ficando sem partido. A decisão de Bonfim será oficializada ainda esta semana, o deputado aguarda apenas uma certidão que está a caminho do seu gabinete na ALBA.
Com essa decisão de Bonfim, neutraliza-se a perda que o governo teve com a saída do deputado Fernando Torres, PRTB, da base aliada, e também do deputado Jurandir Oliveira, PRTB. Nos bastidores da AL, comenta-se que a situação de Jurandir ainda seria reversível, desde que consiga emplacar seu filho numa diretoria da Desenbahia.
Existe uma vaga neste órgão do governo, mas, também o que se comenta nos corredores da AL é de que uma filha de Odack, presidente da Desenbahia, estaria colocando obstáculos nesse sentido. Entendem os analistas internos da AL que este seria um problema menor.
Para o líder da minoria, deputado Gildásio Penedo, a proporcionalidade nas comissões só se alterará se Bonfim decidir mudar de patido. Mas, em adotando uma atitude dessa natureza, poderá ser enquadrado com "infiel" (norma do TSE sobre a Fidelidade Partidária) e até perder o mandato.
"Este certamente não será um risco que o deputado pretenda asssumir" situa Penedo destacando que a saída de João Bonfim, do DEM, ainda não está bem explicada pelo deputado. Bonfim teria se desentendido com o diretório municipal de Guanambi na medida em que, desejava ser candidato a prefeito, porém, o Democratas compôs com o atual prefeito Nilo Moares Coelho (PP), candidato a reeleição pelo PP, e seu adversário no município.
SEM SESSÃO
O mês de setembro abre sem sessão. Nesta segunda-feira, 1º, o líder do PT na Casa, deputado Paulo Rangel, pediu verificação de quorum com 10 segundos de abertura dos trabalhos legislativos numa das mais rápidas anti-sessões da ALBA.
O pedido de verificação de quorum gerou protestos entre os oposicionistas, como o líder da Minoria, deputado Gildásio Penedo Filho (DEM) que afirmou que a Casa tem inúmeros assuntos de interesse da população, como o aumento da violência, com mais um assalto a um ônibus de turistas, desta vez na Lagoa do Abaeté, a elevação dos
assassinatos no final de semana entre outras questões e a base do
Governo não permite que se discutem esses e outros assuntos.
Não adiantaram os argumentos de diversos oposicionistas que estavam em plenário
solicitando a manutenção da sessão.
CRESCIMENTO DA VIOLÊNCIA
Ainda assim, o vice-líder da oposição, deputado Paulo Azi (DEM), considerou absurda
a declaração do governador Jaques Wagner à imprensa baiana de que
o aumento da violência se deve, também, ao aquecimento da economia,
como se o desenvolvimento e não a exclusão, as desigualdades sociais
e a má distribuição de renda não fossem responsáveis pela violência.
"É até irônico vermos o governador apontar o aquecimento na economia
como responsável pela violência. Será que ele está propondo ao governo
federal, a volta da inflação, o aumento do desemprego a números mais elevados
dos que os atuais, aumento das taxas de juros a números estratosféricos para que
vivamos em paz?", ironizou o parlamentar