Na caminhada que fez hoje, domingo, 31, ao lado dos candidatos da coligação Força do Brasil em Salvador, João Henrique e Edvaldo Brito, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, elevou o tom ao criticar os ex-aliados de João do passado, lembrando que eles tiveram a oportunidade de trabalhar pela população mais carente de Salvador, mas preferiram calçar suas candidaturas.
"São verdadeiros sanguessugas que agora só querem o bônus do que deu certo, se omitindo do ônus do que não foi feito por eles", alfinetou o ministro. Para Geddel, o grupo que se aliou a João e resistiu na prefeitura até o final do segundo tempo, não foi um time que procurou trabalhar para melhorar as condições de vida da população de Salvador, mas "um bando de oportunistas que sugou enquanto pôde e saiu atirando". Por isso, disse Geddel, "são um bando de sanguessugas que muito tiraram e pouco fizeram".
Ele também bateu duro no candidato do PSDB, Antônio Imbassahy, a quem chamou de "gigolô das obras dos outros", afirmando que o ex-prefeito tem tentado se apropriar das realizações de João Henrique. "Eu já ouvi falar de gigolô de mulher, mas de obras de outros, estou vendo isso pela primeira vez", ironizou Geddel.
MAIS OBRAS
O ministro da Integração Nacional disse que Salvador é sua prioridade e que a parceria com João Henrique por mais quatro anos poderá proporcionar muito mais obras, porque "João sabe o que é preciso fazer, e juntos faremos muito mais". Assinalou Geddel, acrescentando que quer trabalhar por Salvador porque essa é a sua cidade. "Nasci aqui, vivo aqui e aqui vou morrer. Então quero transformar essa numa cidade mais justa, mais humana, mais igual".
Geddel pediu a oportunidade de poder contribuir mais para construir uma Salvador melhor. "Me dêem a chance de trabalhar e fazer mais e melhor por Salvador", pediu o ministro, reconhecendo que a cidade ainda tem muitas carências. INCENTIVO
O candidato João Henrique também alfinetou seus adversários, afirmando que eles não conhecem a realidade de Salvador, por isso ficam fazendo promessas "mirabolantes, quase impossíveis de serem cumpridas", numa referência ao candidato que disse que vai construir 100 novos postos de saúde. "A prefeitura quase não tem dinheiro para manter os 133 existentes", afirmou.
Segundo João, é justamente o fato de conhecer bem as limitações da administração que o credencia a tratar as questões de forma mais realista. "Não vou enganar e prometer aquilo que sei que são poderá ser cumprido", disse, criticando aqueles que prometem resolver os problemas da cidade. "Se fosse assim tão fácil, não viveríamos numa cidade tão desigual, com tantas carências depois de tantos anos nas mãos deles", cutucou.
Candidato a vice-prefeito na chapa da coligação Força do Brasil em Salvador, o professor Edvaldo Brito afirmou que só assume um compromisso com a cidade: o de lutar pela educação, possibilitando que pessoas como ele, filho de lavadeira, possam alcançar as mesmas conquistas dele.
Conforme lembrou, foi o único negro na história de Salvador a ocupar a prefeitura. "Volto à política, depois de tantos anos, com muita garra para realizar o grande sonho de ver pessoas humildes como eu a chegar onde cheguei. Sou negro, doutor, professor, fui prefeito. Volto para ajudar João a transformar cada um dos filhos desta terra em pessoas que, como eu, possam se orgulhar de serem quem são. Quero ajudar a construir viadutos, não os de concretos, outros os mais sólidos, os da educação", finalizou Brito.
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