O candidato do Democratas à prefeitura de Salvador, ACM Neto, disse neste domingo (31) que o problema da saúde pública na capital é de gestão, e não falta de dinheiro. Neto afirmou que, depois da segurança pública, a maior preocupação da população é com as carências na saúde.

   "Nas ruas por onde ando, nos bairros que visito, ouço queixas de postos que não funcionam por falta de médicos e medicamentos. E dinheiro tem. Só este ano a prefeitura vai receber quase R$1 bilhão do governo federal para o setor", declarou o democrata, que hoje caminhou no bairro da Engomadeira ao lado do vice, Márcio Marinho (PR).

   Neto afirmou que tanto o PMDB do prefeito João Henrique Carneiro quando o PT do deputado Walter Pinheiro tem responsabilidade "pelo caos na saúde em Salvador". "Nenhum dos dois tem autoridade para falar deste tema sem antes fazer o mea culpa, já que eles são responsáveis por essa situação de caos. O PT controlou a Secretaria de Saúde por mais de três anos, só deixando a pasta para concorrer nas eleições. E o PMDB é o partido do prefeito, que agora tenta se eximir de responsabilidade, como se não fosse com ele", salientou.

OS TRÊS

ACM Neto reconheceu, no entanto, que o caos na área de saúde não são de agora. Ele lembrou que, na gestão do ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB), já existiam problemas na área de saúde. "Todos eles (os três concorrentes) já tiveram a chance de fazer pela saúde e não fizeram. Nós temos propostas para o setor e queremos fazer diferente. Queremos preparar a Salvador do futuro também na saúde", disse o democrata.

Ele afirmou que a atual prefeitura já poderia estar trabalhando com cerca de 300 equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), mas só tem 95. "Vamos ampliar este número para 400 em quatro anos de governo. Também vamos implantar 49 policlínicas, 27 unidades de urgência e emergência, colocar os postos de saúde para funcionar e regulamentar o atendimento, estimulando, inclusive, o trabalho dos médicos".

Numa crítica aos adversários, Neto afirmou que, se a população de Salvador lhe der a chance de ser prefeito, ele será responsável tanto pelos erros quanto pelos acertos da sua gestão. "Não vou ficar procurando culpados. O prefeito é que tem de governar a cidade", disse. "Pelo que estou vendo no programa eleitoral, tem muita gente querendo que o presidente ou o governador assumam também as funções do prefeito. Vou, se eleito, manter o diálogo e buscar parcerias institucionais com os governos estadual e federal. Mas não vou repassar para ninguém as minhas responsabilidades como gestor", enfatizou.

Santo Agostinho 

Hoje (dia 31), ACM Neto também se encontrou, pela manhã, com lideranças da localidade de Santo Agostinho, próximo ao Matatu de Brotas. Ele almoçou com correligionários no local. Lá, o candidato assumiu o compromisso de, como prefeito, trabalhar para reduzir a violência na cidade. "Vamos criar a Secretaria de Prevenção à Violência para coordenar tanto ações de prevenção quanto de repressão", afirmou.

Neto afirmou ainda que, se for eleito prefeito, vai criar um observatório para mapear as causas sociais e econômicas da violência. "Esse mapeamento será fundamental para nós implantarmos políticas públicas para combater a criminalidade. Se identificarmos em determinado bairro, por exemplo, que a falta de atividades de lazer está incentivando a violência, a adesão de jovens à criminalidade, a prefeitura vai atuar para colocar uma quadra, reformar um campo de futebol, promover atividades culturais, esportivas e educativas", citou.

Esposa 

Quem também fez campanha para ACM Neto hoje (dia 31) foi Lídia Magalhães, esposa do candidato. Ela esteve no Jardim Santo Inácio, onde visitou a Associação Desportiva de Veteranos. Lídia distribuiu material de campanha do candidato e conversou com moradores. Ela também visitou uma creche comunitária que funciona em tempo integral.

Lídia estava ao lado das esposas de Márcio Marinho e Raimundo Varela, respectivamente Adriana e Sheila. As três, ao lado de Rosário Magalhães, mãe de Neto, já estiveram nas feiras de Paripe e São Joaquim e na Ceasa do Rio Vermelho pedindo voto para o candidato.