Na segunda pesquisa DataFolha publicada neste domingo pela Folha de São Paulo sobre as eleições em Salvador o candidato da coligação "Salvador, Bahia, Brasil", Walter Pinheiro (PT/PSB), foi o único que cresceu passando de 7 para 13% oscilando acima da margem de erro.

  Os outros candidatos se mantiveram na mesma faixa, ACM Neto (DEM), o líder da pesquisa oscilando de 27% para 26%; Antonio Imbassahy, do PSDB, de 25% para 24%; e João Henrique, PMDB, de 19% para 17%. Já o candidato do PSOL, Hilton Coelho, dobrou seu eleitorado de 1% para 2%.

  Os números apontam algumas tendências em relação a pesquisa divulgada há um mês, em 24 de julho, com oscilações nas taxas de rejeição dos candidatos. João Henrique, que imaginava reduzir sua rejeição, isso não aconteceu passando de 39% para 38%. Indicador preocupante para o candidato do PMDB, uma vez que a campanha já está posta nas ruas desde o último dia 8 de julho.

  Outro dado revelador de nova tendência foi o crescimento da rejeição de ACM Neto passando de 25% para 32%, enquanto as oscilações de Imbassahy e Walter Pinheiro se mantém com oscilações menores, de 19 para 21%; e 19 para 22%, respectivamente.

   SEGUNDO TURNO

   O DataFolha também fez simulações de segundo turno e no momento atual Imbassahy venceria ACM Neto por 43%x39%; Imbassahy venceria João Henrique por 51%x31%; e ACM Neto venceria João Henrique por 47%x37%.

   COMENTÁRIO DO
   BAHIA JÁ

   Como o Bahia Já vem apontando com dados na história e nas pesquisas, a tendência de crescimento do candidato do PT se revela, ao longo de outras campanhas, na primeira quadra do mês de setembro.

   Os números hoje atingidos por Pinheiro são maiores do que os conseguido por Nelson Pelegrino nas eleições de 2000 e 2004. Seguindo-se essa tendência, Pinheiro avançou 6% em um mês, por volta de 15 de setembro se mantiver essa pegada passará João Henrique (em escala descendente de 2% e nível de rejeição elevado) e parte para disputar o segundo turno com ACM Neto e/ou Imbassahy.

   A crescente taxa de rejeição ao nome de Neto poderá se acentuar na medida que a campanha se polarize. Mas, também é bom citar, os eleitores que votam em Neto tem posição consolidada.

   Imbassahy se mantém firme na disputa apesar dos ataques que estão sendo desferidos pelo candidato do PMDB, João Henrique. Esses ataques poderão até serem intensificados, pois, nos bastidores da política fala-se de uma reaproximação do PT/PMDB.

   O candidato do PSDB, no entanto, tem baixa taxa de rejeição e um legado de obras na cidade que lhe garante votos nas classes C/D, além de ser bem avaliado na classe média.