O jantar de adesão ao candidato Walter Pinheiro, da coligação "Salvador - Bahia - Brasil" (PT, PSB, PC do B, PV), realizado no restaurante "La Lupa", na Ladeira da Barra, com as presenças do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do governador Jaques Wagner, ontem (14) à noite, foi um momento que sugere "signos referenciais da nossa vitória", segundo a candidata a vice de Pinheiro, Lídice da Mata.

  A ex-prefeita de Salvador recordou da presença da ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina numa das atividades do início da sua campanha vitoriosa em 1992. A deputada Erundina estava presente também no jantar desta noite. Tarso Genro foi o prefeito de Porto Alegre na mesma época em que Lídice foi prefeita de Salvador e ontem ele foi o primeiro ministro de Lula a participar de um ato da campanha de Pinheiro.

METROPOLITANA 

Tarso Genro foi por duas vezes prefeito de Porto Alegre. Para ele vivemos "momento vital de consolidação do processo democrático" e as decisões que serão tomadas agora definem "as políticas regionais que irão pautar" os próximos anos, na medida em que as eleições estabelecem "a correlação de forças para o próximo ciclo político". Considerou que o país consolidou o desenvolvimento e agora precisa vitalizar o "processo virtuoso de distribuição de renda". E reconheceu que "tudo o que foi feito ainda é muito pouco".

A eleição de Wagner significa, segundo o ministro, que houve "transformações profundas na política do estado" e que o desafio agora é fazer das "regiões metropolitanas pólos de produção de grandes políticas públicas" que superem "a crise da fragmentação social", que é mais aguda nessas regiões. Genro foi enfático no apoio a Pinheiro e Lídice: "esta é a chapa que vai afirmar Salvador como um importante centro político, como a cidade política do país. Venho trazer apoio para essa figura extraordinária do Congresso, que faz marcada presença política no cenário nacional", reiterou.

WAGNER 

Marcar de modo inequívoco o apoio do governador Jaques Wagner a Walter Pinheiro foi outro significado que se pode extrair do jantar de adesão. O governador chegou ao restaurante lembrando à imprensa e aos presentes que quando começou o programa eleitoral na televisão, segundo pesquisas da época, a sua candidatura contava com 10 por cento da preferência dos eleitores. "Pinheiro tem 10 por cento antes do programa eleitoral", acentuou. Wagner frisou a sua decisão: "não quero que ninguém duvide que a minha identidade está na chapa de Pinheiro, é a minha alma, o meu coração, a minha história de vida. Pinheiro é quem melhor pode fazer por Salvador", disse.

CIDADE DIGITAL 

Pinheiro explicou que é a "hora de Salvador ter a mesma oportunidade" que a Bahia passou a ter a partir de 2006; e que tiveram outros lugares, como a Porto Alegre de Tarso Genro, onde se desenvolveu a experiência do orçamento participativo, para organizar a gestão da cidade em benefício da maioria da população.  O candidato apontou como um dos primeiros sentidos da sua eleição, recuperar a confiança no gestor, na medida em que em relação ao atual gestor "há uma quebra de confiança, uma perda de crédito com os cidadãos".

O candidato petista garantiu fazer uma "gestão transparente" e ter como um dos pilares a política de desenvolvimento econômico, "que aproveite os bons ventos da economia nacional" e que potencialize as vocações de Salvador. Líder do governo para as questões de Orçamento, presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara Federal.