Política

HILTON COELHO PRETENDE INSTITUIR PLANO DE EMERGÊNCIA PARA A SAÚDE

Vide
| 14/08/2008 às 22:25
Hilton Coelho, candidato do PSOL, e suas propostas para a área da saúde (Foto/A Tarde)
Foto:
   "No caso da Saúde Pública, pretendemos instituir um plano de emergência na área que vise recuperar os postos de saúde já existentes e construir outros, com vistas a melhorar a qualidade do serviço prestado e eliminar as filas e a recusa de atendimento", declarou o candidato a prefeito de Salvador pela Frente de Esquerda Socialista (PCB, PSOL e PSTU), Hilton Coelho.

  Fazer a regionalização da intervenção do poder público na área da saúde, elaborando um mapa da doença em Salvador, através do qual se diagnosticará por região as enfermidades que mais acometem a população também é um dos compromissos de Hilton Coelho que complementa dizendo que "a partir dessa análise, pretende-se direcionar a intervenção municipal nas diversas áreas da cidade." Planejamento participativo da saúde com a comunidade, os agentes de saúde e demais profissionais, com vistas a definir os investimentos na área.

"Queremos a plena valorização do servidor público municipal, indispensável para melhoria na qualidade dos serviços prestados à população. Isso significa elaborar junto com os servidores um plano de cargos e salários e discutir uma alternativa para a assistência médica desses trabalhadores, uma vez que o Instituto de Previdência Social (IPS) foi destruído em função da precarização do atendimento sem convênios e sem confiança na praça. Até a farmácia que funcionava no prédio do IPS, para o funcionários, foi fechada", afirmou Hilton Coelho.

RECURSOS

Os recursos, segundo o candidato, virão da continuidade do processo de municipalização da saúde básica, ainda inconcluso, e de uma auditoria na Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, pretende-se organizar uma campanha pela renegociação da dívida pública municipal. "Os gastos com pagamento de juros e amortização da dívida representou mais de R$ 181 milhões em 2007.

Conforme demonstra a prestação de contas da prefeitura, isso representou 60% do total dos recursos gastos com a educação e cerca de 31% do total gasto com a saúde no município nesse mesmo ano", afirmou Hilton Coelho ressaltando que "estamos comparando os gastos com a dívida interna e os dois maiores orçamentos da prefeitura de Salvador. Caso a comparação fosse feita com outras áreas, as proporções seriam ainda maiores". Essa expressiva destinação de recursos para o pagamento da dívida significa cortes nos gastos socias e no dispêndio com o funcionalismo público.
 
O resultado, na opinião de Hilton Coelho, "é a precarização dos serviços destinados à população em especial a mais carente que não pode recorrer à iniciativa privada. Essa é uma dificuldade que não está presente apenas em Salvador, mas nas várias capitais brasileiras. Desse modo, há um espaço político de pressão por uma renegociação da dívida que alivie o orçamento público e permita uma maior destinação de recursos para o atendimento da população". 0