A filha Maria Isabel, a ex-esposa Adenildes, parentes, amigos, vereadores, secretários do município, povo e músicas de Roberto Carlos executadas num sax marcaram o último adeus ao ex-vereador José Raimundo dos Santos, no Jardim da Saudade, Brotas, nesta tarde de quarta-feira, 13.

  Foram dois pedidos que Zé deixou sob a guarda da filha Maria Isabel: só retornaria à Câmara de Vereadores eleito - daí que seu corpo não foi velado na Casa - e que tocassem músicas de Roberto Carlos no seu sepultamento. Ambos os pedidos foram respeitados.

  Para o vice-presidente da Câmara, vereador Alfredo Mangueira, Zé era um político atuante, polêmico, de pouca instrução, porém, de uma capacidade política de ver os cenários como poucos tinham. 

  - Como conhecia o seu temperamento e também a sua condição de saúde apelei para que ele não fosse candidato a vereador, assim como era o desejo de sua filha Maria Isabel, porém, ele contrariou a todos e disse que seria candidato. E assim morreu fazendo política até o último momento de sua vida, disse Mangueira ao BJa.

   Presente ao velório um dos mais antigos amigos de Zé, Antonio Peleteiro, médico que tomava conta de sua clínica na Boca do Rio há 18 anos. Peleteiro disse ao BJá que o ex-vereador se sentiu mal no final de linha da Boca do Rio, foi levado ao Posto Médico do Imbuí, mas chegou sem vida.

    - Era um companheiro de longa jornada e todos nós ficamos muito tristes com seu falecimento, frisou.

   Também presente ao velório o ex-vereador Pedro Godinho, o qual, lamentou muito a morte do seu amigo Zé Raimundo. "Era uma figura extraordinária", comentou.