Embora tenha elogiado a iniciativa do Colégio Módulo e tenha ressaltado a importância do diálogo com os jovens, o candidato à reeleição pela coligação Força do Brasil em Salvador, João Henrique, criticou a postura dos demais candidatos. Para ele, faltou conteúdo nas discussões durante o evento hoje (05), que lotou de estudantes o teatro do colégio.

"Dos três debates que participei, esse foi o que teve menos conteúdo. Quem perde é o público", desabafou o prefeito. Na sua opinião, alguns candidatos presentes - ACM Neto não pôde comparecer - partiram para o ataque à administração municipal, deixando para segundo plano as suas propostas de governo.

Segundo João Henrique, os candidatos deveriam ter se comportado como no encontro de ontem, promovido pela Câmara Portuguesa de Comércio, considerado de alto nível. "Muitos candidatos quiseram fazer performance teatral aqui, quando os jovens queriam ouvir conteúdo", criticou.

Dívidas

O debate foi composto por quatro blocos: apresentação do candidato; perguntas de alunos sobre educação, saúde e segurança; perguntas da platéia e considerações finais.  João Henrique contou como encontrou a prefeitura endividada e como revitalizou a economia, após sanear as dívidas herdadas.

Ele listou as intervenções positivas na cidade e destacou seus três anos e meio de gestão, que colocaram Salvador com a menor taxa de desemprego dos últimos 12 anos, com o posto de maior PIB do estado, e hoje a quinta cidade do país em poder aquisitivo. "Queremos a reeleição para continuar com esse ritmo de crescimento que durante muito tempo a cidade não via", disse João Henrique.

Diálogo áspero

"As opiniões que representaram um diálogo mais áspero servem para uma avaliação da capacidade de cada um dos candidatos", opinou Edvaldo Brito, companheiro de chapa de João Henrique, presente ao debate. Como já foi prefeito de Salvador, ele entende que só quem já administrou uma cidade como Salvador sabe como não é fácil. "Não são propostas meramente ideológicas que vão administrar uma cidade".

Para a estudante Taís Moreira, 16 anos, que vai votar pela primeira vez, o debate foi "uma oportunidade para os estudantes começarem a entender melhor o mundo político". Lucas Gomes, 16 anos, vice-presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Módulo, achou o debate importante. "Assim conhecemos os projetos de cada um para a cidade, sem restrições".