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Os cinco candidatos a prefeito de Salvador na telinha da Band, no primeiro debate (F/BJá)
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O debate entre os candidatos a prefeito de Salvador promovido pela Band Bahia (TV) com transmissão pela Band News (rádio) realizado na noite desta quinta-feira, 31, e invadindo os primeiros minutos da sexta-feira, 1, foi gelado.
Pareceu mais uma conversa entre amigos do que propriamente um debate, salvo raras estocadas do candidato do PSOL, Hilton Coelho, o qual, sem perspectiva de vitória não foi levado muito a sério pelos participantes.
Tudo muito estudado, empacotado, sem espotaneidade.
O candidato do PT, Walter Pinheiro, ainda tentou sair do padrão com uma exposição mais descontraída, porém, aos olhos dos telespectadores ficou muito discursivo e apegado a Lula/Wagner, nesse último aspecto, discurso também repetido por João Henrique. E, em certo sentido, até por Imbassahy.
A ironia passou ao largo, salvo a recomendação de Pinheiro para que Imbassahy fosse a Conquista e não a Curitiba verificar os programas de saúde; e de Hilton para ACM Neto querendo saber porque ele não falava sobre o senador ACM no debate e na campanha.
A administração do prefeito João foi a vidraça da noite, como era de se esperar. Muitas críticas a sua gestão em todos os segmentos, as quais, não soube responder com vigor que se imaginava. Perdeu uma bela chance de chamar o debate para sí.
Ainda tentou falar com o telespectador, olho no olho, como em 2004, mas nada convincente. Hoje, está no poder e precisa remodelar o discurso.
ACM Neto mostrou muita firmeza em suas propostas e como as contestações contra ele foram poucas, salvo Imbassahy que considerou seu projeto BBB nos bairros utópico, tirou de letra quando as críticas eram direcionadas ao carlismo e aos 16 anos de poder situando que era um político da nova geração, do século XXI.
Imbassahy também poderia ser mais firme e se perdeu na área da saúde quando poderia ter dado uma estocada no atual prefeito.
Em nenhum momento o debate empolgou o telespectador, nem serviu para se mudar de voto ou de idéias em relação aos candidatos.
Se Hilton Coelho, PSOL, tivesse se concentrado num ou dois pontos, poderia ter levado vantagem. Mas, funcionou como metralhadora giratória e isso não leva a lugar algum. Foi o único que falou do crime de Neylton.
De toda sorte, como esquenta campanha o debate foi válido.