O juiz eleitoral Isaías Vinícius de Castro Simões anulou a convenção do Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Lauro de Freitas, realizada no dia 30, em que a comissão de intervenção indicada pela executiva estadual do partido decidiu pela coligação com o PP do candidato Roberto Muniz.
Com a decisão do juiz, vale a convenção realizada no dia 29 pelo diretório municipal e o apoio do PDT à prefeita Moema Gramacho, candidata à reeleição.
A convenção do dia 30 foi uma manobra da executiva estadual pedetista para tentar dissolver a convenção oficial do partido. "Julgo improcedente o registro da coligação PP-PDT, em face da absoluta ilegitimidade da convenção do PDT realizada no dia 30/06", deferiu o juiz, em resposta a ação apresentada pelo advogado J. Pires.
O apoio do partido ao candidato do PP tinha sido garantido pela executiva estadual à revelia do diretório municipal. A decisão do juiz isola o PP, que fica com apenas 18 concorrentes à Câmara Municipal.
O presidente municipal do Partido dos Trabalhadores, Apio Vinagre, criticou a tentativa dos adversários de burlar o processo legítimo para composição da coligação e considera que a decisão do juiz mostra a lisura do processo. "Eles tentaram prejudicar a reeleição de Moema e retaliar o vereador Fausto Franco (PDT), que desde o início integra a bancada de apoio ao governo na Câmara Municipal".
Além de não ter publicado edital para convocação da convenção, a comissão intervencionista não notificou o diretório municipal, o que deveria ter ocorrido com antecedência de oito dias. Segundo o advogado Marcelo Santana, filiado ao PDT no município, eles desrespeitaram a legislação eleitoral e as regras do partido. "Nem mesmo os membros da comissão são filiados ao PDT como exige o estatuto do partido".