O presidente está em Nova Delhi, na Índia
Em entrevista a correspondente da Rede Globo na Ásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em Nova Délhi, Índia, que duvida que seu irmão, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, tenha algum envolvimento no esquema que está sendo investigado pela Polícia Federal de contrabando, tráfico de drogas e exploração de máquinas caça-níqueis, na Operação xeque-mate.
"Eu conheço meu irmão há 61 anos, sou capaz de duvidar que meu irmão tenha algum problema, mas de qualquer forma se a Polícia Federal fez a investigação está feita a investigação e isso vale para qualquer um dos 190 milhões de brasileiros", frisou.
"Eu penso que a Polícia Federal está cumprindo papel extraordinário no Brasil. Eu disse outro dia que a Polícia Federal vai continuar investigando todas as pessoas que tiverem uma determinação judicial, em função da quebra de sigilo telefônico. Aqueles que serão inocentes serão inocentes. Aqueles que forem culpados vão ser punidos. A única coisa que nós precisamos garantir é que haja justiça, seriedade e apuração", acrescentou.
A suspeita sobre o irmão do presidente recai sobre ligações telefônicas com Dario Morelli, preso pela PF, e que segundo o presidente Lula, é compadre do irmão de Genival, o Vavá. "A única chance que as pessoas têm de não serem molestadas é andar direito, é não cometer nenhum equívoco, nenhuma bobagem. Se aparecer em uma escuta telefônica , falando com alguém que está sendo investigado, todos correrão o risco de serem investigados", disse.
Serenidade"A única coisa que eu peço publicamente e já pedi na semana passada, é que polícia tenha serenidade nas investigações, para que a gente não condene inocentes e para que a gente não venha a absolver culpados", prosseguiu. O presidente Lula conclui hoje sua viagem a Índia e segue para a Alemanha, onde participará como convidado na reunião do G-8.