O juiz federal Durval Carneiro Neto, em longa entrevista agora à noite na Rádio Metrópole, disse que a Operação Navalha foi feita para investigar policiais federais, inclusive o atual secretário de Segurança Pública da Bahia, Paulo Bezerra, e que o foco foi mudado.

   Em determinado momento da entrevista perguntou ao apresentador Mário Kértesz se havia na lista dos 45 presos algum policial federal, e ele mesmo respondeu que não, porque mudaram o foco das investigações quando Zuleido Veras, que havia pago a conta de uma festas para os policiais, passou a ser investigado.

   O juiz disse que está indignado com as acusações que fizeram à sua conduta e que a Associação dos Juizes Federais vai acompanhar o caso e tomar as medidas cabíveis.

   Destacou que mandou colocar escutas no gabinete do então superintendente Paulo Bezerra e outras nas superintendências de Sergipe e do Ceará e que, ao longo do processos, esses últimos dois delegados foram, misteriosamente, transferidos, no decorrer das investigações.

   NAVALHA

   Destacou que o termo Navalha para dar nome à operação partiu dele exatamente com a finalidade de cortar, na carne, o comportamento de alguns policiais. Contou ainda que dois policiais federais foram presos no aeroporto de Salvador e houve um reboliço dos pecados. Mas, depois foram soltos.