Espera-se que esta seja a última versão do caso da lancha
Última versão sobre o caso da lancha pertencente ao empresário Zuleido Veras, chefão da máfia preso pela Operação Navalha, e utilizada pelo governador eleito Jaques Wagner (PT) e pela ministra Dilma Roussef, no último dia 25 de novembro, em passeio na Baía de Todos os Santos.
O publcitário Guilherme Sodré Martins assumiu a culpa sobre o mal entendido, na medida em que, disse que foi ele quem pediu a lancha emprestado e colocou o governador nessa situação.
Embora, como não tivesse "bola de cristal" (expressão usada por ele na matéria de Lenilde Pacheco, em A Tarde, desta quarta-feira, 23) fez tudo na melhor das intenções, sem saber que um dia Zuleido estivesse envolvido com um caso tão rumoroso (Operação Navalha).
SEGUE A NOVA
VERSÃO, A VERDADEIRA
O fato é que, ao utilizar a lancha, o governador (até então eleito) fora comunicado que se tratava de um aluguel.
Lá se foram ele e a ministra para o passeio, tranqüilos.
Quando estorou a Operação Navalha com a prisão de Zuleido (dono da lancha) e o assunto foi parar na imprensa, através de Veja (sábado, 19/5), o governador se encontrava na Argentina e acionou sua assessoria para responder sobre o aluguel da lancha.
Resultado: entendendo que a lancha teria sido mesmo alugada, a assessoria do governador liberou uma nota à imprensa dizendo que havia custado R$5 mil, fiando-se que Guilherme (através da Bonicard, empresário que aluga lancha e tem parentesco com o publicitário) tivesse o recibo do aluguel.
Quando o governador Wagner chegou da Argentina, no último final de semana, chamou Guilherme à responsabilidade e cobrou o recibo.
- Eu quero o recibo do aluguel da lancha - teria dito o governador.
Guilherme então desculpou-se dizendo que não havia recibo, que a lancha tinha sido emprestada gratuitamente.
O governador puxou suas orelhas e mandou que fosse à imprensa assumir a culpa pelo que fez. Dito e feito.