Política

SECRETÁRIO DE SEGURANÇA CONTESTA ACUSAÇÕES E DIZ QUE SEMPRE FOI LEAL

O secretário Paulo Bezerra deu declarações à imprensa
| 22/05/2007 às 22:51
  "Se houver algum indício de que fui desleal com minha instituição, que me afastei um milímetro de meus deveres profissionais e do juramento que fiz quando ingressei na Polícia Federal, rasgo esta carteira que me acompanha há muito tempo e meus diplomas de delegado e de bacharel em Direito".

   Assim reagiu o secretário da Segurança da Bahia, Paulo Bezerra, ao afirmar nesta terça-feira (22), durante entrevista coletiva concedida no edifício-sede da SSP, no Centro Administrativo da Bahia, que não são verdadeiros os fatos noticiados pela imprensa envolvendo o seu nome e relacionados ao vazamento de informações das investigações da "Operação Navalha", desencadeada pela Polícia Federal.


  Em tom emocionado, agradeceu a imprensa, "pela oportunidade de esclarecer tudo que está sendo divulgado", à família, aos amigos, aos colegas policiais, aos parlamentares, ao diretor-geral Paulo Lacerda, do Departamento de Polícia Federal e ao governador Jaques Wagner pelo voto de confiança nele depositado.
 

   MALDADE

   Garantindo ser vítima de uma maldade plantada na mídia, por pessoas que objetivam atingir o escalão superior da PF, Paulo Bezerra disse que, nestes seus 30 anos de trabalho como policial, jamais respondeu a uma sindicância, a um procedimento administrativo disciplinar ou um inquérito policial e que se sentiu constrangido ao ter a imagem e o nome maculados nacionalmente pelo noticiário da imprensa.


   O secretário da Segurança disse ainda que outras acusações precisam ser contestadas, pois alcançam também pessoas que jamais contribuíram para o vazamento de informações, como o juiz federal Durval Carneiro Neto, "contra quem se noticiou que teria me avisado que eu estava sendo objeto de uma investigação pela Polícia Federal". Bezerra declarou que "isto jamais aconteceu" e que o contato, mantido com o magistrado e com o procurador federal André Luiz Batista, "ocorreu após a conclusão da investigação e do monitoramento em relação a mim, na época superintendente na Bahia".


  Explicou ser comum na Polícia Federal a investigação social de seus quadros, a partir do ingresso na organização "e que isso não nos ofende nem mancha nossa imagem". Ele vê este monitoramento como necessário, ressaltando que é "uma demonstração de que a instituição é séria e que acompanha a vida dos seus servidores, principalmente aqueles que têm a responsabilidade de comandá-la".