Após reunião realizada esta tarde de terça-feira, 22, nas dependências da Câmara de Vereadores, com a participação de representantes de hospitais e clínicas de Salvador e os vereadores Sandoval Guimarães (PMDB), Téo Senna (PTC), Jorge Jambeiro (PSDB), Décio Sant´anna (PSDB) os empresários decidiram, por unanimidade, a paralisação das atividades relacionadas com o Sistema Único de Saúde (SUS), a partir da próxima segunda- feira, 28.
Trata-se de uma medida protesto contra a Secretaria de Saúde do Município que reduziu o percentual de atendimento e esta levando as unidades à falência - segundo um dos representantes na reunião.
Para o vereador Décio Sant´anna (PSDB) a paralisação será ruim para a população, mas, inevitável. "Eu acho que a paralisação é uma coisa muito ruim para nosso povo. Essa é uma atitude muito drástica, mas se o governo municipal está obrigando essa categoria a tomar essa atitude, a responsabilidade não é nossa", afirmou.
Segundo o vereador Jorge Jambeiro (PSDB) a paralisação é uma defesa contra as atitudes da Secretaria de Saúde, e do seu secretário Luís Eugênio Portela.
"Essa paralisação não tem o objetivo de prejudicar a população e sim uma forma de defesa contra as atitudes da gestão municipal", frisou.
CEI DA SAÚDE
O líder da oposição na Câmara, vereador Téo Senna (PTC) está articulando duas medidas para que as possíveis irregularidades da gestão plena da saúde sejam apuradas e Seja esclarecida a morte do servidor público Neylton Souto da Silveira.
A primeira - segundo Senna - será pedir ao Tribunal de Justiça o direito da minoria de votar a CEI na Câmara de Vereadores.
Para Senna, "a votação tem que ser feita. Eles que façam o que quiserem depois do resultado".
O vereador do PTC pretende ainda entrar com uma representação junto ao Ministério Público solicitando a participação da Polícia Federal nas investigações na Secretaria Municipal da Saúde, por se tratar de recursos federais da gestão plena da saúde.
Senna faz referência a uma reportagem em que constava que a Bahia era o estado líder do país em fraturas o que, segundo Senna, é um indicativo de que há o que se investigar.