Aos pouvos vão sendo conhecidos os motivos que levaram o STF a mandar prender o prefeito de Camaçari, Luis Carlos Caetano (PT) e, ao contrário do que alegam setores vinculados ao PT e a Prefeitura de Camaçari, relevante é o que está na página 41 do inquérito nº 544-BA, assinado pela ministra relatora Eliana Calmon.
..."Corroborando essas assertivas, relata o MPF que, em 16.6.2006, o Contrato de Repasse nº 563035 foi assinado entre o Ministério das Cidades e a Prefeituta de Camaçari, no valor total de R$ 11.524.675,57, sendo R$ 9.750.000,00 de recursos federais e R$ 1.774.675,57 relativos à contrapartida do Município."
As denúncias envolvendo a Prefeitura de Camaçari estão registradas em cinco páginas do inquérito (págs.37 a 42), incluída a decupação das escutas telefônicas autorizadas judicialmente realizadas em 2006 e 2007.
Descreve a ministra Eliana Calmon na página 42: "Em fevereiro de 2007, quando reiniciadas as interceptações telefônicas dos envolvidos, o grupo já antevia a possibilidadde de apropriação de recursos públicos, mais especificamente, do PAC, no valor de R$ 18.000.000,00.
Segundo afirmado pelo MPF, esses recursos somente poderiam ser destinados a obras em andamento, tendo a organização criminosa apressado a elaboração de plano de trabalho, de modo a viabilizar a transferência do dinheiro ao Município de Camaçari