O Ministro deveria ser exonerado do governo
O senador José Sarney (PMDB-AP), um dos principais articuladores da ida de Silas Rondeau para o Ministério de Minas e Energia, defendeu que o ministro deixe o cargo em meio às acusações de que teria recebido R$ 100 mil da empresa Gautama para liberar obras em execução pelo programa Luz para Todos.
O ex-presidente disse a interlocutores que seria melhor o ministro deixar o cargo para provar sua inocência. O senador não acredita no envolvimento de Rondeau no esquema de fraudes comandado pela Gautama.
Sarney disse ser favorável à apuração rigorosa do suposto envolvimento do ministro no caso e lembrou que Rondeau sempre teve uma conduta "ilibada e honesta" em sua vida pública. O senador também cobrou cautela no episódio uma vez que as investigações sobre o suposto envolvimento do ministro não foram concluídas pela Polícia Federal.
O ministro Tarso Genro (Justiça) disse que não há qualquer comprovação da Polícia Federal sobre o suposto envolvimento do ministro com o esquema de fraudes em licitações públicas promovido pela empresa Gautama. Tarso admitiu, no entanto, que os R$ 100 mil da empresa chegaram ao ministério para facilitar a licitação de obras.
"No inquérito, você vai ver que a PF diz que não há nenhuma prova física de entrega [de propina da Gautama] e comprometimento presencial do ministro Silas", disse Tarso.