Nesta segunda, 21, começam a ser ouvidos os acusados
Reportagem mostrada pelo Fantástico, Rede Globo, mostrou esquema de corrupção no Ministério das Minas e Energia, com assessor do ministro Silas Rondeau recebendo a quantia de R$100 mil para o chefe (o ministro).
O Fantástico mostrou gravações, fotos e como o dinheiro chegou ao gabienete do ministro. Rondon disse, no final da noite de domingo, que o cargo é do presidente Lula e que, a acusação contra ele se trata de uma "mentira".
A diretora da Guatama em Brasília, Fátima Palmeira, foi filmada e fotografada entrando no Ministério das Minas e Energia até o gabinete do ministro com o dinheiro numa bolsa e saindo do Ministério com a bolsa vazia.
GOVERNADOR
DE ALAGOAS
Gravações incriminam também o atual governador de Alagoas, Teotônio Vilela, que recebeu também propina através do seu assessor João Ferro. Teotônio também negou o crime. Também foi fotogrado e filmado o assessor do governador recebendo o capilé.
DUAS PRISÕES
REVOGADAS
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou neste domingo (20) a prisão preventiva do ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Carneiro Tavares, e do presidente do BRB (Banco de Brasília), Roberto Figueiredo Guimarães, que também era consultor financeiro do Maranhão. Ambos são investigados na Operação Navalha.
Em sua decisão, o ministro do STF afirma que "como se observa facilmente, as referências contidas ao paciente [José Reinaldo Carneiro Tavares], baseadas em interceptações telefônicas, nenhuma delas realizada em diálogos travados pelo ou com o paciente, mas sempre referências de terceiros à sua pessoa, são todas elas, anteriores à autorização judicial para interceptar os referidos contatos telefônica.
Sobre o atual presidente do BRB, segundo o ministro, desde abril de 2007, o investigado pela Operação Navalha assumiu a presidência do banco e não mais exerce qualquer outra atividade diretamente relacionada ao Estado do Maranhão ou à empresa Gautama.
PEDIDOS
NEGADOS
Para Sérgio Luiz Pompeu Sá, assessor do Ministério de Minas e Energia, o pedido de habeas corpus foi negado. Além disso, o ministro Gilmar Mendes negou três pedidos de habeas feitos feitas pelas defesas de Alexandre Maia Lago e Francisco de Paulo Lima Júnior, sobrinhos do governador do Maranhão, Jackson Lago, e Jair Pessine, ex-secretário municipal de Sinop (MT).
Envolvidos na Operação Navalha, eles pediam a extensão da liminar concedida anteriormente pelo STF para o conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ulisses César Martins de Sousa, que teve a prisão preventiva revogada.
Ao indeferir os pedidos, o ministro Gilmar Mendes afirmou que as situações expostas no habeas corpus de Ulisses Sousa e aquelas apresentadas nos pedidos de extensão não são idênticas, o que impede o deferimento dos pedidos.
PREFEITO DE
CAMAÇARI
O pedido de habeas corpus para o prefeito de Camaçari, Luis Carlos Caetano (PT) sequer chegou a ser analisado pelo ministro. Caetano continua preso.