A Operação Navalha chega com mais força ao Congresso
Conversas telefônicas interceptadas pela Operação Navalha revelam pagamento de R$ 20 mil ao deputado federal Paulo Magalhães (DEM-BA). Deputado vai se manifestar ainda hoje sobre seu envolvimento.
Segundo a PF, o deputado teria recebido o dinheiro pessoalmente de empregado da construtora Gautama no início deste mês, em seu gabinete.
A escuta telefônica da Polícia Federal flagrou conversas do deputado com Zuleido Veras, apontado como líder da organização criminosa.
O relatório da PF mostra que Veras e Magalhães conversaram por telefone duas vezes no dia 4 de maio. No segundo contato, pouco depois de 17h30, Paulo Magalhães confirma que recebeu a visita de Florêncio Vieira, empregado da Gautama, encarregado de lhe entregar "o material".
Florêncio Vieira também foi preso pela Operação Navalha. Nos textos da PF, aparece como autor de saques em agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Cabia a ele transportar dinheiro "para os lugares onde seriam consumados os pagamentos".
Na segunda conversa do dia, depois da entrega do dinheiro, "Zuleido diz ótimo", registra a PF na transcrição da conversa, encerrada com o acerto de um encontro pessoal entre o deputado e o dono da empreiteira.