Política

PREFEITO DE CAMAÇARI VAI DEPOR E PODE SER LIBERADO ATÉ SEXTA-FEIRA, 25

Petistas promoveram manifestações em defesa de Luís Caetano
| 20/05/2007 às 19:14
Conselheiro do TCS, Flávio Conceição, será o primeiro a depor no STF (Foto:AE)
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  Os depoimentos dos envolvidos na máfia das licitações em parceria com a Guatama começarão a ser ouvidos nesta segunda-feira, 21. O primeiro a depor será Flávio Conceição de Oliveira Neto, conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe. O prefeito de Camaçari, Luis Carlos Caetano (PT) deverá depor no decorrer da semana e a ministra Eliana Calmon comunicou à PF e ao Ministério Público que não vai reter ninguém na cadeia além do tempo necessário para tomada de depoimentos.

   É provável, portanto, que o prefeito de Camaçari deixe o xadrez após seu depoimento e retorne à Salvador. Neste domingo, 20, houve mais uma manifestão organizada por petistas, em Arembepe, em defesa do prefeito, repetindo o que já ocorrera no sábado. O clima foi de indignação.
   
   Os depoimentos dos suspeitos serão acompanhados por um representante do Ministério Público e o mais esperado deles é do chefe da máfia, Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama, que subornava políticos e funcionários públicos.

  Nos próximos dias, o procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza pode ser obrigado a solicitar a transferência do inquérito do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para o STF (Supremo Tribunal Federal). Aguarda apenas a análise da documentação apreendida na última quinta-feira (17), em Salvador, nos escritórios da Gautana.


   O inquérito corre no STJ porque, até aqui, a maior autoridade sob investigação era o governador Jackson Lago, do Maranhão. E o foro próprio para processar e julgar governadores é o STJ. A análise dos papéis recolhidos na batida policial feita na Gautama arrastará para o centro do escândalo muitos congressistas.sexta (Foto: Celso Junior/AE) Saiba mais


    JORNAL NACIONAL
  
   Reportagem exibida neste sábado (19), pelo "Jornal Nacional", revelou que o esquema que fraudava licitações, segundo a PF, gastou pelo menos R$ 2,1 milhões para corromper 32 agentes públicos com propinas e presentes.



   Entre os nomes listados no documento, a PF encontrou o do senador Delcídio Amaral (PT-MS). O nome de Delcídio aparece ao lado de um valor -R$ 24 mil, seguido da descrição da despesa "aluguel de jatinho". Os investigadores não sabem ainda se citação está ou não relacionada a alguma atividade ilícita.


   Por telefone, o senador disse contou à reportagem do "Jornal Nacional" que no mês passado precisou alugar um avião para ir ao enterro do sogro em Barretos (SP). Como não tinha dinheiro, pediu a um amigo.