Os presos serão ouvidos no STJ
Parentes dos presos só poderão visitá-los a partir de quinta-feira, 24 (F:Terra)
Foto:
Segundo a Polícia Federal, de acordo com o balanço da Operação Navalha, ainda está foragido o baiano Zaqueu de Oliveira Filho, assessor do prefeito de Camaçari, Luis Caetano. O prefeito e outros acusados começarão a ser ouvidos na próxima segunda-feira, 21, pelo STJ.
Nesta sexta-feira, 18, a PF prendeu mais um acusado de ligação com a máfia que supostamente atuava fraudando licitações para realização de obras públicas: Henrique Garcia de Araújo, funcionário da Gautama, empresa apontada como chefona da máfia.
Araújo foi preso ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos (SP), quando retornava dos Estados Unidos. Ele será transferido agora para Brasília, onde ficará sob custódia da PF.
Havia mandato ainda contra César Martins de Souza -ex-procurador-geral do Maranhão e conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Mas ele conseguiu um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal).
Os presos devem começar a ser interrogados pela PF na segunda-feira. Entre os presos estão o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB), o filho do ex-governador João Alves Filho (DEM-SE), João Alves Neto, dois sobrinhos do governador Jackson Lago (PDT-MA) --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior--, além dos prefeitos de Sinop, Nilson Aparecido Leitão (PSDB-MT) e de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT-BA).
A quadrilha atuava em no Distrito Federal e em nove Estados --Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo-- infiltrada nos governo federal, estadual e municipal.
Segundo a PF, a quadrilha desviou recursos do Ministério de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades, do Planejamento, e do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes).
Para obter vantagem nas licitações para obras públicas, a empresa pagava propina e dava presentes para as autoridades envolvidas. O ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares é acusado de receber um carro Citröen ano 2005, modelo C5 no valor de R$ 110.350 pelo suposto direcionamento da licitação na BR-402.