O prefeito de Camaçari deve ser enviado para Brasília
A Operação Navalha da Polícia Federal prendeu nesta manhã de quinta-feira, 17, na RMS, o prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT) e seu secretário de Obras, Iran Gomes de Araújo Filho.
Ambos estariam envolvidos em fraudes de Licitações com a empresa Gautama, sediada em Salvador. Diretores desta empresa também teriam sido detidos. As informações ainda são desencontradas em relação ao número de presos e, agora, a pouco dize-se que mais secretários da Prefeitura também foram presos.
A Guatama é uma das empresas selecionadas para atuar nas obras da Transposição do Rio São Francisco. A opoisção está se mobilizando para levar o assunto a Assembléia Legislativa, esta tarde.
Informes dão conta de que os agentes da PF que participaram da operação na Bahia vieram dos Estados de Sergipe e Pernambuco.
NAVALHA
A Operação Navalha tem o objetivo de desmontar um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos federais destinados a obras públicas, incluindo as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
As investigações da PF, que começaram em novembro de 2006, apontam o desvio de recursos dos ministérios de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades e do Planejamento. O esquema fraudava ainda licitações do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). Por envolver autoridades e servidores públicos, o inquérito está no Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com a Polícia Federal, a empresa Gautama, com sede em Salvador, comandava o esquema direcionando verbas públicas para obras de interesse da quadrilha. As licitações eram manipuladas para assegurar a liberação do dinheiro para obras superfaturadas, irregulares ou até que não existiam.
Os mandados de prisão estão sendo cumpridos nos estados de Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal. Policiais federais cumprem ainda 84 mandados de busca e apreensão. As contas dos envolvidos foram bloqueadas e os bens estão indisponíveis. Cerca de 400 agentes foram mobilizados para a Operação Navalha.