Diretores e lobistas da Guatama todos foram para a cadeia
O esquemão das fraudes era comandado pela Guatama.
As investigações da PF, que começaram em novembro de 2006, apontam o desvio de recursos dos ministérios de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades e do Planejamento.
O esquema fraudava ainda licitações do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). Por envolver autoridades e servidores públicos, o inquérito está no Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com a Polícia Federal, uma empresa que tem sede em Salvador (a Guatama) comandava o esquema direcionando verbas públicas para obras de interesse da quadrilha. As licitações eram manipuladas para assegurar a liberação do dinheiro para obras superfaturadas, irregulares ou até que não existiam.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha era estruturada em três diferentes níveis. No mais alto nível, estão os funcionários da empresa baiana, abaixo, os chamados "auxiliares e intermediários", apontados como os responsáveis pelo pagamento de propina, e no terceiro nível, autoridades públicas que facilitariam a atuação da quadrilha.
As investigações da PF constataram o recebimento de "vultosas quantias" em dinheiro vivo e outras vantagens, como carros de luxo, por autoridades públicas.
BAIANOS DISPUTAM[
OBRA DO RIO
Matéria publicada em A Tarde, edição da última quarta-feira, 16, dava conta de que a Ebisa, a LJA e a Guatama integram o seleto grupo de 22 consórcios que vão participar das licitações para a realização das obras do Rio São Francisco.
Alguns técnicos entendidos no mercado da construção atestam que Zuleido Veras tem participações majoritárias na Guatama e minoritárias na LJA, esta que seria comandada por Latif Abud.
Agora, com o escândalo desmantelado pela PF é provável que o governo federal exclua a Guatama do consórcio.